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Roberto Jefferson é preso pela Polícia Federal que investiga milícias digitais

O Supremo Tribunal Federal autorizou a prisão

Nesta sexta-feira (13), a Polícia Federal prendeu o ex-deputado federal e presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson. Foi cumprido o mando de prisão, que é de caráter primitivo, ou seja, não tem prazo para acabar. A ordem foi concedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moras em decorrência do inquérito das milícias digitais.

Além disso também foram feitas as determinações do bloqueio de conteúdos postados por Jefferson em rede sociais e a apreensão de armas e acesso a mídias de armazenamento. O inquérito da milícia digital é um atentado contra a democracia e o Estado democrático de direito. Os atos foram deflagrados ao longo de 2020 e tem como intenção encontrar a organização criminosa que teria agido com a finalidade de atentar contra o Estado democrático de direito e que se articularia em núcleos de produção, publicação, financiamento e político.

Roberto Jefferson chegou a postar numa rede social que a Polícia Federal fez buscas na casa de parentes pela manhã. “A Polícia Federal foi à casa de minha ex-mulher, mãe de meus filhos, com ordem de prisão contra mim e busca e apreensão. Vamos ver de onde parte essa canalhice”, escreveu o ex-deputado.

O STF informa que Moraes pediu parecer da procuradoria-geral da República antes de tomar a decisão. Só que o prazo se encerrou na terça-feira, e a PGR não se manifestou até a decisão dele, assinada na quinta (12). Até o presente momento, nenhum parecer foi juntado aos autos.

Conheça Roberto Jefferson

Roberto Jefferson ficou conhecido como o pivô do escândalo do mensalão, em 2005. Foi a partir de uma entrevista dele ao jornal “Folha de S. Paulo” que o país tomou conhecimento das denúncias de que o governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva passava dinheiro a deputados da base.

Em novembro de 2012, no julgamento do mensalão no STF, ele foi condenado a 7 anos e 14 dias de prisão, pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva.

Nos últimos anos, já sem mandato parlamentar, Jefferson se aproximou do presidente Jair Bolsonaro. Em suas redes sociais, começou a postar fotos com armas. O armamento da população é uma das principais causas do presidente.

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