Esporte

Clubes europeus não liberam atletas para as seleções

Apesar de serem compromissos para as Eliminatórias da Copa, times da Espanha, Inglaterra e Itália negam liberar

Problemas para a Seleção Brasileira, mas também para as outras seleções da América Latina e da África. Clubes das ligas da Espanha, Inglaterra e Itália se negam a liberar os jogadores para defenderem as seleções. Mesmo que seja para os compromissos de jogos das Eliminatórias da Copa do Mundo da FIFA. O motivo é por conta da pandemia da Covid-19.

O movimento começou pelo Campeonato Inglês, onde 60 jogadores seriam liberados para defenderem as seleções. Mas como o Reino Unido fez uma lista de países da “lista vermelha”, onde o Brasil está incluído, a ordem é de não liberar os jogadores.

E é justamente na Inglaterra que vem o maior número de convocados da Seleção Brasileira. São doze que foram chamado. Mas eles foram impedidos. Já na Espanha, dez brasileiros foram chamados pelo técnico Tite. Só que pela mesma razão, não poderão defender o Brasil. Por fim a Itália, tem três atletas brasileiros que foram convocados. Mas eles também foram impedidos.

Mas na Espanha, os clubes anunciaram que vão acionar a Justiça para impedir a liberação da convocação de jogadores que defendem seleções Sul-americanas. Segundo La Liga, a crítica é por conta da quantidade de dias da Data Fifa, de nove para 11 dias, considerado por ela um dano “flagrante ao calendário e à integridade da competição de LaLiga”. A entidade menciona que outras confederações, como a Uefa e a Concacaf, não ampliaram esse período de jogos das seleções, para o mesmo número de partida (três).

França critica FIFA

A França também se manifestou sobre o casso da extensão da data FIFA e também sobre a liberação ou não de jogadores para os jogos de Eliminatórias da Copa.

“A LFP lamenta a total falta de consideração da Fifa sobre o interesse dos campeonato nacionais, clubes, funcionários e jogadores. Essa decisão unilateral tomada em meio à pandemia, com fortes restrições para a movimentação de jogadores e regras de quarentena na volta das viagens pelas seleções, estabelece grande problemas para os clubes e o equilíbrio das competições”, afirma a LFP, em nota.

Contudo, a liga francesa não disse se os clubes não vão liberar seus jogadores para os próximos compromissos pelas eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo de 2022. Mas declarou que “estará ao lado deles para ajudar nas tratativas com as autoridades francesas e assim garantir o retorno dos jogadores nas melhores condições”.

A prolongação das datas FIFA foi por causa do adiamento das rodadas de março das eliminatórias, devido ao impacto da pandemia de Covid-19 na América do Sul. A Conmebol e Fifa decidiram pela realização de rodadas triplas em setembro e outubro, e aumentaram o período de viagem dos jogadores de nove para 11 dias. A Fifa ainda negocia e descarta adiar a rodada tripla. Já na quarta-feira, o presidente Gianni Infantino, fez um apelo pela liberação dos atletas.

Resposta da CBF

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) informou que acompanha a crise provocada nas seleções dos sessenta países em lista vermelha do governo inglês, por causa da Covid-19. Uma reunião com a comissão técnica será feita para buscar alternativas.

Segundo a entidade máxima do futebol, a confederação mantém a recomendação da Fifa. Envia cartas a todos os clubes de jogadores convocados, solicitando a liberação dos convocados por Tite.

A Federação Internacional mantém seu ponto de exigir liberação e seguir o estatuto, que obriga os clubes a cederem seus jogadores às seleções nacionais em datas reservadas a elas. Em carta assinada pelo presidente Gianni Infantino, a Fifa pede solidariedade.

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