EsporteParalimpíadas

Aos 17 anos, Jardênia Felix emociona com bronze conquistado nas Paralimpíadas

Veja como foram esta e outras conquistas brasileiras nas Paralimpíadas

Além da alegria do Brasil ter chegado ao 101º ouro na história dos Jogos Paralímpicos nas edições que disputou, a terça-feira (31) também teve muitas conquistas de medalhas que ajudaram o país a seguir em sexto lugar com 42 medalhas na classificação geral das Paralimpíadas de Tóquio.

Créditos: Divulgação/CPB

O destaque vai para uma adolescente de 17 anos, que encarou a prova da vida e emocionou com tamanha alegria e celebração. Falamos de Jardênia Felix, de apenas 17 anos. A jovem disputa o atletismo e na prova dos 400m da classe T20, para deficientes intelectuais, deu show e ficou com a medalha de bronze ao cravar o tempo de 57s43. Já o ouro ficou com a americana Breanna Clarke, que cravou o novo recorde mundial da prova com 55s18. Yulia Shuliar, da Ucrânia, foi prata com 56s18.

As medalhistas foram exatamente as três melhores colocadas da fase classificatória. Jardênia chegou em segundo na primeira bateria, que teve Yulia, quebrando recorde paralímpico, em primeiro. Breanna Clarke quebrou o recorde paralímpico logo na sequência, na segunda bateria, e colocou-se como favorita.

A brasileira teve o melhor tempo de reação dentre as três, mas Breanna rapidamente arrancou para assumir a liderança e cruzar com folgas em primeiro. Além do recorde mundial dela, Yulia quebrou o recorde europeu da categoria. Mesmo assim, Jardênia vibrou e se emocionou com tamanha alegria de ter vencido o maior desafio da vida.

Natação traz mais medalhas

Créditos: Divulgação/CPB

A natação também foi responsável pela garantia de mais medalhas paralímpicas para o Brasil. Gabriel Bandeira levou a sua quarta medalha. Depois do ouro nos 100m borboleta S14, prata nos 200m livre S14 e bronze no revezamento 4x100m livre misto S14, o nadador de 21 anos foi prata nos 200m medley SM14. Com o tempo de 2m09s56, novo recorde das Américas, ele ficou atrás apenas do britânico Reece Dunn, que quebrou o recorde mundial da prova com 2m08s02. O ucraniano Vasyl Krainyk completou o pódio.

Gabriel guardou energia na classificatória e avançou apenas na sexta posição, com 2m15s35. Na final, ele baixou mais de cinco segundos seu tempo para ir ao pódio. O brasileiro passou na segunda posição no estilo borboleta. Mas caiu para a quarta posição no estilo costa e manteve o posto no estilo peito. Nos 50m finais, ele cresceu no estilo livre e só não ultrapassou o britânico.

Créditos: Divulgação/CPB

A outra medalha veio com Mariana Gesteira Ribeiro na prova dos 100m livre S9. Além de garantir o bronze, a medalha teve um gostinho especial porque foi o primeiro pódio paralímpico garantido da nadadora de 26 anos. Ela conseguiu fazer o tempo de 1m03s39, ficando atrás da espanhola Sarai Gascon e da nova campeã paralímpica, a neozelandesa Sophie Pascoe.

História

Mari Ribeiro nasceu com Síndrome de Arnold-Chiari, uma má-formação do sistema nervoso central que afeta a coordenação e equilíbrio. Sempre praticou a natação e chegou a competir em provas convencionais até os 14 anos de idade, quando a doença se manifestou. Como tinha crises de desmaio, teve que se afastar das piscinas em 2009. Contudo, em 2013, ela começou na natação paralímpica e esteve na Rio 2016. Agora conquista seu principal resultado com o bronze em Tóquio.

LEIA TAMBÉM

Brasil obtém feito histórico e passa de 100 medalhas de ouro nas Paralimpíadas

Mostrar mais

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo