PM e Gaeco desmantelam esquema de jogos de azar e lavagem de dinheiro
Operação cumpriu 42 mandados de busca e apreensão em três cidades da Baixada.
Polícia Militar juntamente com o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), desmantela organização criminosa. Eles eram responsáveis por esquema de jogos de azar e lavagem de dinheiro. Ao todo, mais de 42 mandados de busca e apreensão foram realizados durante a operação nesta segunda-feira, em Santos, Guarujá e São Vicente.
A ação iniciou logo nas primeiras horas deste segunda-feira, quando equipes seguiram para 15 endereços alvos de busca e apreensão nas cidades, sendo cinco em cada um dos municípios. Além disso, outros imóveis em Itu, no interior paulista, e em São Paulo também serão vistoriados pelas autoridades.
Em Santos, um dos cinco mandados expedidos foi cumprido em um imóvel na Rua Pereira Barreto, no Gonzaga, onde foram localizadas diversas máquinas caça-níquel. Segundo informado pelo Gaeco, após serem periciadas, elas são destruídas. Até às 9h, as autoridades já haviam apreendido uma quantia em dinheiro e armas de fogo.
Investigação
De acordo com o Gaeco, as investigações começaram após as autoridades receberem denúncias de bingos nas cidades do litoral paulista. Durante a apuração, foi constatado que uma organização criminosa é responsável por mais de 600 pontos de exploração de jogos de azar, nas cidades de Guarujá, Bertioga, Cubatão, Santos e São Vicente.
Para controlar os locais onde ocorriam os jogos, conforme as autoridades, era utilizado um sofisticado sistema que garante o gerenciamento das atividades. Em um software, há informações como nome do estabelecimento, endereço, número de máquinas caça níquel e tipo de máquina utilizada, além de detalhes sobre prêmios e valores pagos.
Ainda durante as investigações, foram identificadas ao menos quatro empresas utilizadas para a lavagem dos valores arrecadados nas apostas. Elas forneciam máquinas de cartão bancário, que eram utilizadas para receber o valor das apostas feitas pelos jogadores.
Desvinculando os valores da organização e despistando as autoridades sobre o esquema criminoso. Segundo o Gaeco, as empresas, apenas no período investigado, movimentaram mais de R$ 13 milhões.
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