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Casos de gripe geram procura recorde de atendimento na Santa Casa de Santos

Até mesmo os picos da pandemia de Covid-19 foram superados

A nova variante da gripe já começa a assolar a Baixada Santista. O número de casos vem aumentando e a Santa Casa de Santos quebrou o recorde de atendimento diários de pessoas que se queixam de sintomas gripais. Em apenas 24 horas, 400 pacientes receberam atendimento. O número é superior até mesmo aos picos da pandemia da Covid-19.

Por ser o maior complexo hospitalar da Baixada Santista, pessoas de Santos, mas também de outras cidades vem à Santa Casa em busca de atendimento. Mas os números já se tornaram alarmantes e despertaram o alerta dos médicos e também das autoridades.

Em nota, a instituição infrmou que vem registrando aumento crescente e significativo no atendimento de pacientes com sintomas gripais, tanto no pronto socorro adulto, mas também no infantil. Por conta disso, o hospital reforçou o quadro de médicos e reorganizou a logística de atendimento, com o objetivo de agilizar a assistência para todos os casos.

Mesmo assim, nesta segunda-feira (20), a Santa Casa registrou o maior número de pacientes com sintomas gripais, ultrapassando inclusive o pico atingido na fase mais crítica da Covid-19.

“Foram mais de 400 pacientes com sintomas gripais em apenas 24 horas, que somados aos demais atendimentos, totalizaram quase 900 pessoas em um único dia, resultando em tempo de espera muito superior ao habitual”, divulgou o hospital, em nota.

“A Santa Casa de Santos destaca que está com toda a estrutura necessária para prestar o atendimento adequado, mas pede a compreensão quanto ao tempo de espera em razão do surto que assola a cidade, reiterando que as equipes multiprofissionais estão mobilizadas para oferecer assistência completa para todos os pacientes”, finalizou.

Gripe em alta

O médico infectologista Marcos Caseiro, explicou que o relaxamento de medidas sanitárias adotadas contra a Covid-19, como proibição de aglomerações, distanciamento social e uso constante de máscaras, favorecem o surto de casos de gripe.

“Se ele está disseminado claramente é porque encontrou condições para isso. E, isso mostra que paramos com as nossas práticas de distanciamento e uso de máscaras”, avalia.

O infectologista diz que o vírus da Influenza H3N2, que está circulando pelo Brasil no momento, não é uma mutação nova, mas que também ainda não está incluída na vacina contra a gripe distribuída anualmente no país. A previsão de inclusão, pelo Instituto Butantan – que produz essas vacinas -, é para março do ano que vem.

Caseiro ainda alerta para cuidados de prevenção dos grupos mais vulneráveis, como idosos, gestantes, bebês e pessoas com comorbidades. “É importante procurar os serviços médicos quando apresentar os sintomas”, completa. “Para a gripe, existe tratamento”.

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