Mais um capítulo envolvendo a novela da ligação seca entre Santos e Guarujá. Nesta quinta-feira (10), o governador João Doria (PSDB) avisou que o Governo de São Paulo vai entrar com ação judicial com o objetivo de garantir o início das obras da ponte ligando as duas cidades. Isto deve ocorrer se o Governo Federal não der a autorização breve do início da construção.
Segundo nota divulgada pelo Governo de São Paulo, o projeto deve receber investimentos de R$ 3,9 bilhões da iniciativa privada. As obras já deveriam ter começado, mas só não saíram do papel por falta de aval do governo federal.
A construção da ponte foi defendida por Doria desde o início desta gestão. Por meio da Secretaria de Logística e Transportes, o Governo de SP iniciou as tratativas junto à União já em 2019. Em 2020 entregou o projeto da ponte atendendo aos pedidos feitos pelo Governo Federal, incluindo a ampliação do vão navegável para 750 metros.
Só que desde então, o Estado diz que aguarda aval para início das obras, cujo investimento não dependerá de recursos públicos e está garantido por meio do contrato de concessão do Sistema Anchieta-Imigrantes.
O projeto da ponte, segundo o governo estadual, foi atestado pelo Laboratório de Engenharia Naval da USP e pelo Comando da Aeronáutica. Eles garantiram não haver prejuízos às operações do Porto de Santos e do aeroporto de Guarujá. A ponte deve reduzir o percurso de 45 km para menos de 20 km, sendo que o tempo de viagem passará de uma hora para 20 minutos.
E o túnel submerso?
Já o segundo projeto de ligação seca entre Santos e Guarujá, o túnel submerso, passa por avaliação junto com a ponte. O Ministério da Infraestrutura informou que será definida a solução mais adequada, tanto em relação ao custo quanto ao prazo, seja no âmbito do projeto de desestatização do porto ou não.
O Ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes, em agosto do ano passado, se posicionou contra o projeto de construção da ponte Santos-Guarujá. Durante um evento virtual feito pelo Grupo Tribuna, ele disse que o governo estadual estava reformulando o projeto a fim de atender as questões portuárias. Contudo, acredita que a construção de um túnel seria o ideal para não prejudicar a navegação do Porto.
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