Proposta da Prefeitura de São Vicente é rejeitada e servidores municipais continuam com a greve
Categoria exige o reajuste de 16%, que representa dois anos de perdas inflacionárias


Uma assembleia foi feita entre os servidores municipais de São Vicente. Eles analisaram a proposta da prefeitura do reajuste salarial, mas negaram e desta forma a greve da categoria continua. Os protestos já duram oito dias.
O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de São Vicente (SindServSV) informa que o pedido é de reajuste salarial de 16%, o que representa dois anos de perdas inflacionárias. Além disso, o SindServSV informa que cerca de 150 associados e 100 servidores não associados participaram da assembleia geral. A proposta de 1,8% de reposição salarial da prefeitura foi rejeitada.
Por ampla maioria de servidores associados, e com apoio de vários servidores presentes, a continuidade da greve, que entrou em seu oitavo dia, foi aprovada por contraste visual. A assembleia aprovou, ainda, a realização de uma manifestação na tarde desta quinta, em frente à Câmara Municipal. O horário ainda não foi definido, mas a sessão começa às 14h.
Após a decisão, a categoria discute formas e métodos de intensificar o diálogo nas bases, com o objetivo de ampliar o movimento grevista.
O que diz a Prefeitura?
A Prefeitura de São Vicente informou, por meio de nota, que na última segunda-feira (14) foi enviada uma nova proposta ao SindServSV. O valor oferecido foi de R$ 20 milhões, a serem investidos em melhorias para o servidor, preservando os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal. A administração aguarda comunicação oficial do sindicato para tomar novas medidas.
Confira a proposta:
- Elevação da cesta básica dos servidores para R$ 400;
- Auxílio uniforme anual de R$ 350 para os profissionais de saúde das respectivas áreas: auxiliar de enfermagem, técnico de enfermagem, técnico de radiologia, técnico de imobilização, ortopédica e enfermeiros em atuação nas unidades do município;
- Elevação do auxílio uniforme anual dos guardas civis municipais (GCMs) e dos agentes de trânsito para R$ 800;
- Auxílio uniforme anual de R$ 350 para os profissionais de saúde da rede de urgência e emergência nas categorias de técnico de laboratório, técnico de farmácia, farmacêutico, fisioterapeuta, nutricionista, fonoaudiólogo, psicólogo, terapeuta ocupacional e biomédico;
- Auxílio uniforme anual de R$ 800 para os profissionais da saúde que trabalham no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) das categorias auxiliar de enfermagem, técnicos de enfermagem, enfermeiro e motoristas socorristas;
- Elevação do salário base dos agentes de endemias para o piso nacional, sem prejuízos causados às demais vantagens e benefícios, tais como abono-alimentação e cesta básica;
- Estabelecimento de um piso salarial para todas as referências garantindo que sempre que o salário mínimo for superior ao valor da referência, haja ajuste;
- Reajuste de 1,8% nas referências salariais do município, referentes ao reajuste previsto na Constituição Federal.
Além disso, a prefeitura propôs aos sindicatos não descontar as faltas dos servidores grevistas, caso haja o encerramento da paralisação.
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