Indústria de alimentos prevê superar desempenho em 2022
Com o avanço da vacinação contra a covid-19 e a reabertura de estabelecimentos, a indústria alimentícia planeja-se para aumentar vendas e superar o faturamento de R$ 922,6 bilhões, registrado pela Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA), em 2021.
Com o avanço da vacinação contra a covid-19 e a reabertura de estabelecimentos, a indústria alimentícia planeja-se para aumentar vendas e superar o faturamento de R$ 922,6 bilhões, de 2021. Os dados são da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA). O resultado foi 16,9% maior que o de 2020. Os maiores destaque foram as vendas, que aumentaram 3.2%, e da produção, que 1,3% maior no ano passado do que no ano anterior.
Para 2022, espera-se um aumento de 2% nas vendas reais. Já se observa um movimento de grandes indústrias do setor na expectativa de duplicar o número. Para isso, o setor aposta em estratégias de gestão, vendas, pesquisa e desenvolvimento de produtos que são tendência no setor, como os alimentos e bebidas plant-based.
Edson Higo, CEO da Danone, conta sobre a reestruturação global pela qual a companhia passou para tornar a operação mais ágil e atender à alta demanda esperada para os próximos anos. “Unificamos nossas três unidades de negócio e expandimos as vendas de nossos produtos para diferentes canais do varejo. Entre eles, os estabelecimentos farmacêuticos, além de investirmos fortemente em produtos funcionais e bebidas vegetais, que atendem às demandas dos consumidores modernos”.
A empresa espera que as vendas cresçam de 5% a 10%, anualmente, até 2025 no país. Além da transformação na operação, para alcançar estes números, a Danone triplicou os investimentos em inovação. A empresa está focada no desenvolvimento de produtos que comprovam ser tendência na alimentação: os naturais e saudáveis, como os plant-based e “clean labels”. Eles têm o mínimo de ingredientes e apelo a causas em prol do meio ambiente.
Alimentos vegetais
Segundo dados da Euromonitor International, entre 2015 e 2020, os produtos à base vegetal expandiram em quase 70% o seu faturamento global. No Brasil, o número de pessoas flexitarianas, que estão buscando alternativas às proteínas animais, cresceu mais de 20% entre 2018 e 2020. Os dados da pesquisa do The Good Food Institute Brasil.
“Acreditamos que o consumidor faz escolhas cada vez mais conscientes a respeito de marcas e produtos com valores compatíveis aos dele próprio. Vemos, também, que responsabilidade ambiental se mostra muito importante. Por isso, estamos trilhando um caminho que possa garantir que estamos cuidando da saúde do planeta e das pessoas, com produtos funcionais e que gerem o mínimo de impacto no meio ambiente”, afirma Higo.
Pesquisas apontam que mais de 80% dos consumidores brasileiros se importam com sustentabilidade ambiental na hora de uma compra. Um estudo realizado pela IBV (Institute for Business Value), mostra que em comparação a dois anos atrás, 22% dos consumidores afirmam que a responsabilidade ambiental é muito ou extremamente importante na hora de formar uma opinião sobre uma marca. Outro estudo, conduzido pela Accenture em parceria com o Fórum Econômico Mundial, aponta que a adoção de práticas de ESG podem alavancar as vendas. O que significa um lucro 20% maior em comparação às empresas que não seguem uma agenda sustentável.
Além da sustentabilidade aplicada ao desenvolvimento de produtos, a Danone é reconhecida como empresa B Corp, por meio do Movimento Global de Empresas B – uma organização internacional independente que atesta que as empresas fomentam e constroem um sistema econômico mais equitativo, regenerativo e inclusivo para as pessoas e para o planeta.