Segunda noite de desfiles das Escolas de Samba de São Paulo é marcado por Bolsonaro “virando” jacaré após ser vacinado
Encenação ocorreu durante apresentação da Rosas de Ouro
A madrugada de domingo (24) foi de desfecho das apresentações do Grupo Especial do Desfile das Escolas de Samba de São Paulo. Sete agremiações se apresentaram no Sambódromo do Anhembi, mas o destaque sem dúvida foi para a Rosas de Ouro, que teve um intérprete do presidente Jair Bolsonaro (PL) sendo vacinado contra a Covid-19 e “virando” jacaré.
A “transformação” se deve ao fato da polêmica declaração que deu no auge da pandemia, em dezembro de 2020 em relação às vacinas contra a Covid-19. Na ocasião, ele alegou que não seria imunizado e que se a pessoa optasse por tomar e virasse um jacaré, o problema seria dela.
À época, Bolsonaro se referiu a uma cláusula da Pfizer de que não se responsabilizaria por eventual efeito colateral da vacina.
A Rosas de Ouro foi a sexta a entrar na avenida e no enredo foram destacados os rituais e caminhos para curar todos os males por meio da fé, da magia, da ciência e, claro, do samba.
As outras escolas
- Já a Mocidade Alegre celebrou na avenida a história da cantora brasileira Clementina de Jesus, mulher negra e referência do samba carioca.
- A Águia de Ouro fez uma homenagem à cultura afro-brasileira, deixou as cores de lado, e apostou no branco para homenagear Oxalá.
- Primeira da noite, a Vai-Vai voltou ao Grupo Especial homenageando os povos africanos.
- A Gaviões da Fiel, que trouxe o enredo “Basta”, questionando preconceitos, desigualdades e a violência.
- A Barroca Zona Sul, fez uma homenagem à entidade das religiões afrodescendentes Zé Pilintra – uma espécie de “malandro”, mas sem o cunho negativo.
- Já a última escola a desfilar, a Império de Casa Verde tratou do poder da comunicação.
LEIA TAMBÉM
Desfile das Escolas de Samba do Rio é encerrado com apresentações de seis escolas
