Climatologia

Como será o inverno 2022 pelo Brasil?

Historicamente a estação mais fria do ano tem tempo seco no Sudeste e Centro-Oeste, enquanto que no Norte, Nordeste e Sul, a chuva é mais intensa

Teve início às 6h14 desta terça-feira (21) o inverno na maior parte do Brasil. As exceções ficam para parte dos estados do Amazonas. Pará, Roraima e Amapá, onde o verão terá início, já que elas ficam no Hemisfério Norte. E com esta nova estação a pergunta que fica é “como será o clima do inverno“.

Embora a estação seja mais considerada a mais fria do ano, com menos horas de luz do que qualquer outro no ano, há duvidas se o clima será realmente mais frio, chuvoso ou com tempo seco e com picos de calor.

De acordo com o Climatempo, a tendência é que haja a entrada de massas de ar mais frias e a permanência delas de forma mais efetiva no Centro-Sul do Brasil.

O jato polar, que é a porta de entrada das massas de ar frio de origem polar, vai migrar mais para o norte do país. Por isso, existe mais condições de entrada dessas massas.

O inverno é marcado pelo período menos chuvoso das regiões Sudeste, Centro-Oeste e parte do Norte e Nordeste – enquanto as maiores quantidades de chuva concentram-se sobre o noroeste da Região Norte, leste do Nordeste e parte da Região Sul.

 

Perspectivas

De acordo com o Inmet, por causa das massas de ar frio que vêm do sul do continente, pode haver:

  • queda da temperatura média do ar, com valores abaixo de 22ºC no leste do Sul e Sudeste;
  • formação de geadas nas regiões Sul, Sudeste e em Mato Grosso do Sul;
  • neve nas áreas serranas e planaltos da Região Sul;
  • episódios de friagem em Mato Grosso, Rondônia, Acre e no sul do Amazonas.

Pela manhã, pode haver, também, formações de nevoeiros e/ou névoa úmida nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, com redução de visibilidade, especialmente em estradas e aeroportos.

Com a redução das chuvas em grande parte do país nesta época, ocorre a diminuição da umidade relativa do ar, que favorece o aumento da incidência de queimadas e incêndios florestais e de doenças respiratórias.

Regiões

No Sul, a previsão é de chuvas abaixo da média em grande parte da região, segundo o Inmet, por causa do fenômeno La Niña. No oeste dos três estados e no extremo sul do Rio Grande do Sul, entretanto, as chuvas devem ficar na média ou ligeiramente acima dela, segundo a previsão.

As chuvas devem ficar próximas ou ligeiramente abaixo da média no Sudeste. Não está descartada, entretanto, a ocorrência de chuvas próximas ao litoral da região, por causa da passagem de frentes frias.  Já as temperaturas devem ficar acima da média em grande parte da região, mas também não se descarta a possibilidade de queda na temperatura média do ar devido à entrada de massas de ar frio. Pode haver formação de geada em locais mais altos.

O período seco já começou no Centro-Oeste – e a tendência é de diminuição da umidade relativa do ar nos próximos meses, segundo o Inmet. Os índices podem ficar abaixo de 30%, com mínimas abaixo de 20%. A previsão é de chuvas dentro ou abaixo da média para a estação, exceto em áreas pontuais no sudoeste de Mato Grosso do Sul e noroeste de Mato Grosso, onde pode haver chuva ligeiramente acima da média.

Norte e Nordeste

A previsão do Inmet indica chuvas acima da média para toda a faixa próxima ao litoral nordestino, por causa do fenômeno La Niña e também do padrão de águas mais aquecidas próximo à costa. As únicas exceções são o oeste da Bahia e o sul do Piauí e do Maranhão, onde as chuvas poderão ficar próximas da média. Diferentemente do litoral nordestino, essas regiões passam agora por seu período menos chuvoso.

A previsão é de chuvas acima da média para o Norte, principalmente na faixa norte da região.

As bacias da região do rio Negro e do rio Amazonas devem ter elevações ao longo dos próximos meses, mas que não devem atingir marcas históricas ao longo dos próximos meses, segundo estudos do Serviço Geológico do Brasil.

Para o Norte, a previsão do Inmet indica maior probabilidade que as chuvas ocorram acima da média climatológica, principalmente sobre a faixa norte da região. As exceções são áreas do sul do Pará e do Tocantins, onde existe uma tendência de chuvas na média ou abaixo dela.

Já a temperatura deverá ficar acima da média em grande parte da região, mas não está descartada a possibilidade de friagens, por causa da passagem de massas de ar frio continentais.

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