Com novas regras, Microempreendedores Individuais (MEIs) já podem aderir ao Pronampe
Especialista pontua que programa tem crédito relativamente desburocratizado e pode ser uma alternativa para empresas de pequeno porte, com mais dificuldade em obter crédito
Antes disponível apenas para micro e pequenas empresas, a linha de crédito do Pronampe agora passa a incluir Microempreendedores Individuais (MEIs) e empresas de médio porte.
Para obter o empréstimo em seu banco de preferência, o empresário precisa compartilhar alguns dados, como faturamento, capital social e CNPJ.
De acordo com informações da Receita Federal, o processo é feito pela plataforma digital e-CAC e deve estar de acordo com as regras da Portaria RFB nº 191, publicada no Diário Oficial da União.
Para o advogado especialista em Direito Empresarial, Marcelo Godke, o Pronampe, mesmo com uma taxa mais elevada agora, ainda está em um patamar bem mais baixo do que o crédito que normalmente as pequenas empresas têm disponível no mercado.
“A grande vantagem do Pronampe é que o crédito é relativamente desburocratizado e com uma taxa de juros que, se compararmos com outras médias do mercado, ela possivelmente vai estar mais baixa”
De acordo com o especialista, o aumento do escopo do Pronampe é muito importante, pois quanto menor for a empresa, maior é a dificuldade em conseguir crédito.
Quem pode ter acesso ao Programa
– Microempreendedores Individuais (MEIs)
– Microempresas com faturamento de até R$ 360 mil por ano
– Pequenas empresas com faturamento anual de R$ 360 mil a R$ 4,8 milhões
– Empresas de médio porte com faturamento até R$ 300 milhões.
Quais são as regras?
De acordo com as informações, a empresa que optar pelo financiamento precisa manter o número de empregados por até 60 dias após a tomada do crédito.
Ainda de acordo com o especialista, o valor do empréstimo pode ser de até 30% da receita bruta anual registrada pela empresa em 2019
Sendo assim, para novos empreendedores, o limite do financiamento é de até metade do capital social ou de 30% da média do faturamento mensal
Todas as instituições financeiras públicas e privadas autorizadas a funcionar pelo Banco Central podem operar a linha de crédito