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Praia Grande conquista melhores notas no Ideb entre cidades da Baixada Santista

Município ficou em primeiro lugar na avaliação dos anos iniciais e finais do Fundamental

Mesmo com as adversidades enfrentadas com as aulas remotas, devido período crítico causado pela pandemia, o aprendizado ocorreu de diferentes formas. Tal afirmação ganha força com o resultado alcançado pelos alunos no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), relativo a 2021. Praia Grande se mantém com as melhores notas, nos anos iniciais e finais do Ensino Fundamental, entre os nove municípios que compõem a Região Metropolitana da Baixada Santista.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) fez a divulgação dos resultados na última sexta-feira (16). Essa foi a primeira avaliação realizada após o período mais crítico causado pela pandemia do Covid-19. A disseminação da doença forçou o distanciamento social e, no espaço de quase dois anos, as aulas aconteceram de forma remota, enfrentando diversas adversidades.

Neste contexto, Praia Grande ficou em primeiro lugar em comparação com as demais cidades que compõem a região. Nos anos iniciais do Ensino Fundamental, o Município alcançou a nota de 6,1. Com a mesma pontuação ficou Bertioga (6,1) e depois Itanhaém (6,0). Nos anos finais, a rede municipal praia-grandense conseguiu novo resultado positivo ao atingir a marca de 5,5. Na sequência vieram Santos e Itanhaém (5,3).

Na comparação com a edição anterior, realizada em 2019, Praia Grande se manteve com o mesmo índice nos anos finais, com 5,5, e apresentou queda moderada nos anos iniciais, 6,6 para 6,1. Para a secretária de Educação, a professora Cida Cubilia, os resultados refletem as diversas situações enfrentadas por alunos e docentes durante a pandemia. “O resultado alcançado demonstra que muito foi feito neste período”, afirmou.

“Precisamos de fato, agradecer, a todos os professores da rede municipal de ensino de Praia Grande. Pois conseguiram manter pulsando a educação de nossos alunos. Se reinventaram, buscaram o algo a mais e fizeram com que as crianças aprendessem de diferentes formas”, enalteceu Cida Cubilia. “Mas também necessitamos entender que há muito trabalho pela frente. Que ainda existe bastante a se fazer para resgatar o que ficou para trás devido a pandemia”.

Esforço – O desempenho favorável valorizado pela titular da pasta municipal veio após quase dois anos de aulas remotas. Em março de 2020, com a disseminação do coronavirus no Brasil houve a necessidade do distanciamento social. Período que perdurou até agosto de 2021, quando o retorno para as atividades de forma presencial ocorreu de forma gradativa até chegar à sua totalidade.

Neste período, os professores tiveram de se reinventar. Muitos docentes precisaram se familiarizar com as tecnologias para dar continuidade ao ensino. O celular, por vezes criticado em sala de aula, se tornou o principal aliado. Somado a ele, as redes sociais serviram de ferramenta de interação com alunos e familiares. Os educadores contaram com o apoio dos pais para que, por muitas vezes, acompanhassem o aprendizado dos estudantes.

Para auxiliar neste processo, a Secretaria de Educação criou a Plataforma Digital Educacional (PDE), que ficou hospedada no site Cidadão PG (www.cidadaopg.sp.gov.br). No espaço virtual, a Seduc publicou atividades pedagógicas criadas para cada segmento de ensino com objetivo de municiar os professores com conteúdo para trabalhar de forma remota. O material era confeccionado pelos assistentes técnicos pedagógicos (ATPs) e docentes do Departamento de Educação Ambiental.

Fora isso, foram elaboradas atividades voltadas para o apoio socioemocional dos alunos e familiares. A produção deste material ficou a cargo das pedagogas comunitárias e também publicado na Plataforma Digital Educacional. Para os alunos que não tinham acesso à internet todo o conteúdo trabalhado de forma online foi impresso e distribuídos para os que precisavam.

Além do material disponibilizado na Plataforma Digital Educacional, os professores também elaboravam conteúdos para trabalhar com os alunos. Muitos docentes inovavam nas propostas pedagógicas e faziam uso de ferramentas como a gravação de vídeos ou mesmo aulas online para interagir com as crianças. Essas foram algumas das somatórias de esforços que garantiram a continuidade do processo de aprendizado e culminaram com os resultados alcançados pelos estudantes no Ideb.

Histórico – O Ideb é o principal indicador utilizado pelo MEC e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) para avaliação da qualidade da Educação no País. Criado em 2007, baseado em uma escala que vai de zero a dez, sintetiza dois conceitos igualmente importantes para a qualidade da educação: aprovação e média de desempenho dos estudantes em Língua Portuguesa e Matemática.

O indicador é calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar, e média de desempenho nas avaliações do Inep, Saeb e Prova Brasil.A série histórica de resultados do IDEB se iniciou em 2005, a partir de quando foram estabelecidas metas bienais de qualidade a serem atingidas não apenas pelo País, mas também por escolas, municípios e unidades da Federação.

A lógica é a de que cada instância evolua de forma a contribuir, em conjunto, para que o Brasil atinja o patamar educacional da média dos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Em termos numéricos, isso significa progredir da média nacional 3,8, registrada em 2005 na primeira fase do ensino fundamental, para um Ideb igual a 6,0 em 2022.

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