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Los Hermanos campeões na Copa de Messi

Em jogo bastante agitado e emocionante, a Argentina volta a ser campeã mundial após 36 anos

Uma Copa do Mundo para entrar para a história do futebol mundial. O estádio Lusail foi palco de uma final para ser lembrada para sempre. Argentina e França se enfrentaram e promoveram um jogaço. Após o 2 a 2 no tempo normal e mais um empate na prorrogação, nos pênaltis os Hermanos foram mais eficientes, conquistaram o tri mundial, trazendo o título que não vinha desde 1986 e consagrou Lionel Messi com o título que faltava na carreira.

A Copa do Mundo do Qatar ficou marcada por ser a mais goleadora, com 172 gols anotados, superando as marcas da França (1998), Brasil (2014) e Rússia (2018), ambas com 171 gols feitos. Mas também será lembrada por questões polêmicas envolvendo mortes de trabalhadores nas construções de estádios e uma onda de protestos contra a postura do país em relação às mulheres e pessoas LGBTQIA+.

Um destaque especial vai para Lionel Messi. O argentino, que era tão contestado pelas atuações pouco convincentes na Seleção Argentina, especialmente por derrotas das finais da Copa do Mundo de 2014, as finais das Copas Américas de 2015 e 2016. Mas ele conseguiu se redimir, primeiro com a Copa América de 2021 conquistada em pleno Maracanã e agora com o Mundial do Qatar.

Ele foi o artilheiro da equipe com sete gols, eleito o melhor jogador do Mundial e agora pode encerrar a trajetória com a Albiceleste com o título que faltava e em grande estilo.

A final

Quem esperava uma final tensa, ficou espantado com a postura das duas seleções. Enquanto a Argentina tomava a iniciativa e dominava o jogo, os franceses praticamente não fizeram nada e pra piorar nem sequer finalizaram ao gol de Martínez.

Tanto que a Albiceleste abriu logo 2 a 0 de vantagem. Primeiro com Messi, de pênalti e logo em seguida com Di Maria, que aproveitou um excelente contra-ataque e escorou para as redes. E cabia mais, mas se não houvessem chances desperdiçadas.

O técnico Didier Deschamps, diante de uma equipe desnorteada, fez duas trocas ainda antes do intervalo: tirou Dembélé (muito mal na partida) e Giroud, colocou Thuram e Muani. Não adiantou: os Bleus foram para o vestiário sem reagir, em situação muito delicada, diante de uma Argentina impecável.

Reação francesa

O segundo tempo seguiu com o mesmo panorama do primeiro. A Argentina seguiu dominando e a França estava perdida. De Paul finalizou, Julián Álvarez também arriscou, Messi bateu travado. E nada de a França conseguir criar uma chance. A primeira finalização foi aos 25, de Mbappé, por cima do gol. O jogo estava morto, a final parecia ganha, não havia sinais de que pudesse acontecer alguma coisa.

Mas o futebol tem as suas artimanhas e não é a toa é o esporte mais imprevisível do mundo. A França chegou ao empate em menos de dois minutos. Primeiro com um pênalti. Mouani disparou para cima de Otamendi e foi derrubado. Mbappé, aos 34, bateu forte, no canto, e descontou: 2 a 1.  Em seguida, Coman desarmou Messi e acionou Rabiot, que tocou para Mbappé. O craque tabelou com Thuram e emendou de primeira para empatar em um golaço: 2 a 2.

E aí o jogo virou um drama para a Argentina. A França foi para cima, pressionou e ficou em condições de virar o jogo. Mbappé, já nos acréscimos, arrancou na direção da área e mandou o chute. A bola desviou na zaga e foi por cima. Rabiot, pouco depois, pegou sobra na grande área e finalizou. Dibu Martínez defendeu. A Argentina sobrevivia – para dar a Messi mais uma chance. Aos 51, o craque ainda conseguiu concluir de fora da área, forte, no meio do gol. Llloris espalmou e levou o jogo à prorrogação.

Prorrogação e consagração da Argentina nos pênaltis

Os argentinos melhoraram e retomaram o controle do jogo, mas seguiu desperdiçando as chances de gol. Enquanto isso, os franceses não conseguiram repetir a ótima atuação da reta final do tempo normal.

Veio o segundo tempo da prorrogação e a emoção continuou, inclusive com gols. Primeiro com a Argentina, mais uma vez com Messi. Ele passou para Enzo Fernández, que soltou para Lautaro Martínez na direita. O atacante bateu firme, e Lloris defendeu. Mas no rebote, Messi chega batendo e marca o terceiro da Argentina.

Alívio definido? Nada disso. Aos 10 minutos, Montiel desviou a bola com o braço e outro pênalti foi marcado. Mbappé novamente cobrou e igualou o placar. No fim, Luani e Martínez perderam boas oportunidades de colocar ambas as equipes em vantagem. Assim, os pênaltis foram cravados.

Mbappé e Messi converteram as primeira cobranças de pênaltis. Mas na sequência, enquanto Dybala, Paredes e Montier fizeram os gols, Coman e Tchouameni perderam. Kolo Muani chegou a fazer o gol, mas não teve jeito. Argentina volta a ser campeã mundial após 36 anos. A última vez foi no Mundial do México em 1986, onde a equipe era liderada por Maradona.

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