Unidades habitacionais inauguradas em Bertioga serão utilizadas pelos desabrigados de São Sebastião
Das 600 unidades inauguradas, metade delas servirá de ocupação temporária pelos moradores da Vila Sahy


Parte do novo conjunto habitacional inaugurado em Bertioga na última semana será ocupado de maneira provisória pelas famílias que perderam tudo no temporal que afetou São Sebastião, Litoral Norte. Aproximadamente, 1,2 mil moradores serão abrigados de maneira provisória até que unidades habitacionais na Vila Sahy, bairro mais afetado pelas fortes chuvas e em outros pontos, sejam construídos.
O novo conjunto habitacional construído em Bertioga foi entregue pelo Governo Federal. Atualmente, as famílias estão em hotéis e pousadas. A distância entre a Vila Sahy, área mais atingida pelo temporal, e o condomínio habitacional em Bertioga é de cerca de 50 quilômetros.
O acordo começou a ser construído após o vice-presidente do República, Geraldo Alckmin (PSB), visitar as áreas afetadas pelas chuvas em São Sebastião e sugerir o uso temporário das habitações na cidade vizinha.
Caio Matheus (PSDB), prefeito de Bertioga, chegou a demonstrar resistência à ideia do governo federal e disse que iria lutar pelos moradores de sua cidade. Depois, na entrega das moradias, minimizou o assunto e disse não haver polêmica ao dizer que Bertioga é uma cidade solidária.
Medida emergencial
Segundo o governo estadual, a medida foi adotada em caráter emergencial e prevê a cessão de 300 unidades habitacionais do Condomínio Quaresmeira, em Bertioga, pelo período de oito meses. Ainda não está definido como será o processo de transferência das famílias para o espaço.
O empreendimento contou com investimentos de R$ 35,7 milhões, sendo R$ 10,8 milhões do Governo de São Paulo e R$ 24,9 milhões do Governo Federal. Cada unidade tem área útil de 43,23 m², com dois dormitórios, sala, cozinha, banheiro e área de serviço.
Em entrevista coletiva na quarta-feira, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), informou que a previsão é que as obras para as moradias definitivas em São Sebastião comecem imediatamente e sejam concluídas em cerca de 180 dias.
Até esta quinta foram anunciados seis terrenos em quatro bairros. Os locais ficam nos bairros Topolândia, Maresias, Barequeçaba e uma área na própria Vila Sahy – epicentro da tragédia. Inicialmente, o governo estima que de 400 a 600 casas sejam construídas nessas três áreas.
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