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População da Vila Sahy protestam contra as autoridades após temporal

Além de respostas rápidas sobre moradias, eles pedem por mais transparência

Centenas de moradores do bairro Vila Sahy, em São Sebastião, saíram para fazer um protesto neste sábado (11). A ação teve como principal objetivo cobrar transparência em relação às moradias. A região foi a mais impactada do Litoral Norte de São Paulo e além de devastação, as fortes chuvas provocaram 64, das 65 mortes no final de semana do Carnaval, em fevereiro

Os manifestantes se reuniram em uma praça da região com diversos cartazes. A preocupação dos moradores é em relação às famílias que perderam as casas onde moravam na tragédia. A cobrança dos manifestantes é porque as autoridades não estariam com transparência sobre as moradias que serão construídas para as vítimas. Além disso, participaram também pessoas que continuam morando nas áreas de risco e políticos.

Ainda segundo eles, boa parte têm dúvidas de como funcionará o processo de transferência e que faltam detalhes desse planejamento. Alguns, inclusive, recusaram uma moradia temporária em Bertioga, proposta que foi oferecida a algumas vítimas pelo governo estadual.

“Nosso foco é nas moradias que ainda estão de pé. Queremos resposta e garantia do que vai ser feito. Ofereceram casas de Bertioga e eu recusei. A gente não sabe se vai ter direito a outra (residência) na nossa região. Nossa vida é aqui, nosso filhos estudam aqui”, afirma uma manifestante.

Além das moradias, os moradores reclamam também do dinheiro que foi doado a ONGs e à prefeitura, mas que não chegou às mãos das vítimas da tragédia. A Prefeitura de São Sebastião ainda não se manifestou sobre as denúncias.

Áreas provisórias e moradias definitivas

O Governo de São Paulo publicou na última quinta-feira (09), no Diário Oficial, decretos para desapropriar mais duas áreas em São Sebastião para construção de moradias populares às vítimas da chuva que causou 64 mortes na cidade e deixou mais de mil pessoas desabrigadas.

Os dois terrenos ficam no bairro Baleia Verde e, juntos, medem 39,3 mil metros quadrados. A ideia da gestão estadual é regularizar a área transformando o terreno em Zona de Interesse Social.

Antes, o Estado já havia desapropriado um terreno de 10 mil metros quadrados na Vila Sahy, local mais afetado na tragédia. Além desses três terrenos, a prefeitura disponibilizou áreas nos bairros Maresias, Topolândia e Barequeçaba.

A previsão do governo estadual é que as obras sejam concluídas em um prazo de até 180 dias. A meta é fazer mais de 900 imóveis, entre casas e prédios de até quatro andares.

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