Quando se fala em Dique da Vila Gilda, Zona Noroeste de Santos, logo é associado ao maior aglomerado de palafitas da América Latina. o local poderá se tornar uma referência na formação de novos craques do futebol. A Prefeitura de Santos anunciou a construção de um campo de futebol com gramado sintético, avaliado em R$ 1 milhão. O local já foi batizado como Cruyff Court, em referência ao craque holandês Johan Cruyff, que morreu em 2016 aos 68 anos,
A previsão de entrega é para 14 de julho e de acordo com a administração, o acordo para a construção do campo, que ficará no Instituto Arte no Dique, foi firmado na última sexta-feira (28) e contará com investimento internacional de R$ 940 mil – oriundo da parceria firmada com a Johan Cruyff Foundation, UEFA Foundation for Children. A Prefeitura de Santos destinará R$ 150 mil para as obras, cujo projeto foi desenvolvido pela Silverwork Engenharia.
Para a presidente do Instituto Plataforma Brasil, Joelke Offringa, que desenvolve o projeto Cruyff Court em São Paulo, em parceria com a Johan Cruyff Foundation, o trabalho realizado pelo Instituto Arte no Dique os encantou e, por isso, o investimento.
“É simplesmente fantástico o trabalho que vem sendo realizado no Dique da Vila Gilda. Só porque encontramos esse parceiro que está fazendo um trabalho tão incrível é que tivemos coragem de trazer esse investimento para Santos. O projeto que vimos aqui está muito alinhado com o que queremos, que é de alguma forma ajudar a melhorar a vida dessas crianças e desses jovens”, afirmou.
O secretário de Esportes, Gelásio Ayres Fernandes Júnior, entende que a quadra, de 47 metros por 25, vai beneficiar no aspecto social e na revelação de novos nomes do futebol. “Diante de uma estrutura como essa, não tenho dúvidas de que muitos jovens terão a oportunidade para mostrar seu talento. E é essa a beleza do esporte: ajudar a transformar a vida de quem prática”, disse.
Na Vila Gilda moram mais de seis mil famílias, o equivalente a 20 mil pessoas. A comunidade começou a se desenvolver a partir de 1960, com a construção de moradias irregulares, que avançaram da terra para o meio do Rio dos Bugres, uma área de preservação ambiental da Mata Atlântica em estuário de manguezais.
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