Novos negócios impulsionam economia e revelam maturidade do empreendedor brasileiro
Relatório do Global Entrepreneurship Monitor (GEM) mostra avanço do empreendedorismo e consolida o país entre os maiores polos de empresas do mundo


O Brasil encerrou 2024 com a maior taxa de empreendedorismo dos últimos quatro anos, atingindo 33,4% da população adulta envolvida em algum tipo de negócio, formal ou informal. O número representa avanço em relação a 2023, quando o índice era de 31,6%, segundo o relatório executivo do Global Entrepreneurship Monitor (GEM Brasil 2024/2025), realizado pelo Sebrae e pela Associação Nacional de Estudos em Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas (Anegepe).
O levantamento, que entrevistou 2.000 adultos e 58 especialistas no país, confirma que o Brasil se mantém entre as dez maiores taxas de empreendedorismo do mundo. Também foi registrada ampliação significativa da taxa de empreendedores estabelecidos, que subiu de 8,7% em 2020 para 13,2% em 2024, conforme dados consolidados pelo Sebrae.
Essa tendência evidencia tanto a resiliência do empreendedor brasileiro quanto a transformação do perfil dos negócios, cada vez mais digitais e atentos a práticas socioambientais. A leitura dos dados conecta o cenário global às dinâmicas locais, oferecendo um panorama sobre onde estão as maiores oportunidades para investidores e empreendedores no país.
Para Jhonny Martins, contador, advogado e vice-presidente do SERAC, hub de soluções corporativas nas áreas contábil, jurídica e tecnológica, o avanço dos novos negócios revela a maturidade de uma geração de empreendedores mais estratégica e orientada por propósito. “Os dados do GEM mostram que o brasileiro já não abre empresas apenas por necessidade, mas por oportunidade. Há uma mudança clara de perfil: o empresário de 2025 está mais preparado, usa tecnologia para ganhar escala e busca modelos financeiramente sustentáveis”.
Segundo o executivo, setores ligados à tecnologia, educação corporativa, finanças e serviços especializados lideram a abertura de empresas, impulsionados pelo acesso a plataformas digitais e pela redução das barreiras de entrada. “Empreender nunca foi tão possível e tão competitivo ao mesmo tempo. Quem combina gestão eficiente, inovação e propósito sai na frente”.
O relatório também aponta o aumento de empreendimentos com foco em impacto social e ambiental, indicando o fortalecimento da pauta ESG entre micro e pequenas empresas brasileiras. Para Martins, essa convergência entre inovação, inclusão e responsabilidade socioambiental definirá os vencedores da próxima década. “O futuro dos negócios será determinado pela capacidade de resolver problemas reais com consciência econômica e social. Essa é a nova fronteira do empreendedorismo brasileiro”, conclui.
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