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Rússia invade Ucrânia e dá início à pior tensão na Europa desde a II Guerra Mundial

Vladimir Putin ainda ainda ameaçou o Ocidente, caso haja retaliação aos país russo por forças externas

Após quatro meses de extrema tensão, a Rússia iniciou ataques militares à Ucrânia, na madrugada desta quinta-feira (24), no que já é considerada a pior guerra na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Há relatos de bombardeios russos em diversos pontos da Ucrânia. De acordo com o Comando Militar do país, já houve, inclusive, uma segunda onda de ataques, por mísseis, vindos do país vizinho. A Rússia prepara, ainda, uma invasão militar por terra.

Há imagens de movimentações de tanques russos em diferentes cidades ucranianas. O presidente Vladimir Putin pediu que às forças armadas ucranianas deponham as armas. Relatos apontam para explosões em Kharkiv e na capital ucraniana Kiev, entre outras cidades.

“Putin acaba de lançar uma invasão em grande escala da Ucrânia. Cidades pacíficas da Ucrânia estão sob ataque. Esta é uma guerra de agressão. A Ucrânia se defenderá e vencerá. O mundo pode e deve parar Putin. A hora de agir é agora”, disse o ministro de Relações Exteriores ucraniano, Dmytro Kuleba.

Retaliação do Ocidente, e ameaça russa

O presidente da Ucrânia solicitou apoio ao Ocidente. Por sua vez, Putin ameaçou àqueles que entrarem na guerra do lado ucraniano, alegando que esta é uma questão interna entre os dois países. “Quem tentar interferir ou, ainda mais, criar ameaças para o nosso país e nosso povo, deve saber que a resposta da Rússia será imediata e levará a consequências como nunca antes experimentado na história”, confirmou.

A Europa e os Estados Unidos têm feito, ao longo das últimas semanas, uma série de sanções econômicas à Rússia, na tentativa de fazer o país desistir da invasão. As sanções, entretanto, foram em vão.

Hoje, após, o início das invasões, Jens Stoltenberg, secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), falou sobre uma possível ação militar da Rússia. Já o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou retaliações à Rússia, caso não haja recuo dos tanques.

O porquê da guerra entre Rússia e Ucrânia

Duas cidades separatistas, e aliadas à Rússia, pedem reconhecimento de Kiev como países autônomos, sendo elas a república Popular de Donestk e a República Popular de Luhansk. A Ucrânia, entretanto, endureceu a negativa a estas regiões, com invasões militares.

Nesta quarta-feira, ambas as cidades separatistas pediram apoio à Rússia para repelir o que chamam de agressões crescentes do governo ucraniano. As duas regiões, do leste ucraniano, foram reconhecidas, por Moscou, como independentes, em 21 de fevereiro.

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