Política

Dória deve anunciar, hoje, a desistência à presidência

Governador estaria insatisfeito com sua baixa intenção de votos; fim da vida pública também é provável ao tucano

O governador de São Paulo João Dória (PSDB) deverá anunciar, nesta quinta-feira (31), a desistência à disputa pela Presidência da República. O anúncio, se confirmado, será feito às 16h, em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, onde ocorre um evento com os prefeitos dos municípios paulistas.

A decisão, ainda que não confirmada, já gera grande insatisfação de aliados do governador. Em especial do partido Democratas (DEM), que tem Rodrigo Garcia, como ex-correligionário e é vice-governador de São Paulo. Se o governador continuasse no pleito, ele precisaria sair do cargo nesta sexta-feira, transferindo-o, automaticamente, à Garcia. Na eventual desistência, ele se manterá como chefe do excetivo estadual até o final do mandato, que se dará no final deste ano.

Quem também não está nada satisfeito com a possível decisão de Dória é o seu partido. Nas prévias do PSDB para definir o candidato à presidência deste ano, o governador paulista comprou muita briga interna, para vencer a escolha contra o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, que esta semana confirmou sua permanência no partido, após desgastes desde o ano passado.

Ainda segundo aliados, Dória deverá anunciar, também, sua desfiliação do PSDB, e promete não concorrer a reeleição neste ano, o que dá indícios de que deverá abandonar a vida pública.

Pesquisa teria sido ponto crucial para a decisão

O principal motivo para a desistência do tucano à presidência é sua a baixa intenção de voto, bem como sua alta rejeição. Segundo a última pesquisa Datafolha, Dória aparece apenas na quinta colocação, com apenas  2% da preferência do eleitorado, muito atrás de Lula (PT), com 43%, e que lidera a pesquisa, do presidente Jair Bolsonaro (PL), com 26%, de Sérgio Moro (Podemos), que tem 8%, e de Ciro Gomes (PDT), que aparece com 6%.

Dória também é rejietado por 30% do eleitorado, porém, menos do que Bolsonaro (55%) e Lula (37%, ainda segundo o último levantamento do Datafolha.

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