Saúde

Anvisa libera medicamento e aprova em definitivo a vacina de Oxford

Com as aprovações a intenção é salvar população da COVID-19

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) fez o registro e liberação do medicamento antiviral Remdesivir e também aprovou em definitivo a vacina de Oxford. Ambos serão utilizados para combater a COVID-19, que está em alta no Brasil.

As autorizações ocorreram nesta sexta-feira e segundo a Anvisa, o medicamento Rendesivir será utilizado em adolescentes a partir de 12 anos, mas que pesem no mínimo 40 Kg e também nos adultos. Todos devem estar hospitalizados com quadro de pneumonia, e que requerem administração suplementar de oxigênio, mas desde que o paciente não esteja em ventilação mecânica.

O órgão federal justifica que os pacientes que tomaram o medicamento se recuperaram mais rapidamente que os demais: os que receberam o remdesivir tiveram melhora clínica em 10 dias, enquanto que os que não receberam a terapia tiveram melhora em 15 dias. Nenhum dos pacientes que utilizaram o antiviral morreu. O tratamento com o remdesivir deve ser utilizado no mínimo 5 dias e no máximo 10 dias.

Entenda o medicamento

O Remdesivir é um medicamento sintético usado de forma intravenosa (injetado na veia). Ele age impedindo a replicação viral.

O medicamento já está sendo usado de maneira emergencial nos Estados Unidos desde novembro. Por lá, ele é usado em adultos e crianças a partir de 12 anos e pesando mais de 40 quilos, que estejam hospitalizadas, mas só pode ser administrado por via injetável em um centro médico ou meio equivalente. Outra autorização emergencial foi acordada paralelamente para crianças com menos de 12 anos que pesem pelo menos 3,5 quilos.

Logo após a aprovação americana, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que o Remdesivir não é recomendado para pacientes hospitalizados com COVID-19, uma vez que o antiviral não evita mortes, nem o agravamento da doença.

“Isso [registro do medicamento] é fruto de uma eficácia, segurança e qualidade apresentadas”, afirmou o gerente Geral Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, Gustavo Mendes.

Vacina de Oxford

A Anvisa também fez a aprovação definitiva da vacina de Oxford/AstraZeneca. Assim ela poderá ser fabricada no Brasil e ela é a segunda a obter registro definitivo. Antes dela, a farmacêutica Pfizer conseguiu a permissão e deve distribuir até o final deste ano, 100 milhões de doses.

“A vacina já vinha sendo utilizada pelo uso emergencial no Brasil, mas que agora vai ser registrada aqui na agência com uma etapa de fabricação aqui no Brasil. O que a gente acredita que representa maior autonomia, maior acesso à vacina”, disse Gustavo Mendes.

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