Marinha transporta cilindro de oxigênio até Manaus
Equipamento sairá do Porto de Santos para ajudar a saúde do Amazonas
A Marinha do Brasil irá transportar um grande cilindro de oxigênio do Porto de Santos rumo à Manaus, no Amazonas. Ele está vazio, mas tem a capacidade de armazenar 90 mil m³ de oxigênio. A expectativa é que a embarcação saia ainda nesta terça-feira (19) e navegue até o Porto de Belém, no Pará. Depois disso ele será transportado até a capital amazonense.
Manaus vive um colapso na saúde, especialmente para o tratamento de pacientes com coronavírus. Faltam oxigênios em diversos hospitais, o que fez com que as unidades ficassem lotadas e ainda que vários pacientes fossem transferidos para outros estados brasileiros.
Amazonas já registrou mais de 6 mil mortes provocadas pela COVID-19 e na última sexta-feira (15), ocorreram 213 sepultamentos das vítimas da doença, um recorde.
Operação cilindro
O transporte do cilindro vazio começou noite de segunda-feira (18). Ele saiu da sede da empresa White Martins, localizada em Santo André, na Grande São Paulo, e seguiu para a cidade de Santos. A escolta foi realizada pelo Tático Ostensivo Rodoviário (TOR) da Polícia Militar Rodoviária. Ele foi descarregado no cais da Marinha.
O equipamento será colocado dentro do navio de patrulha oceânico APA (P121) da Marinha, nesta terça-feira. A embarcação possui 90,5 metros de comprimento, chega a velocidade de 25 nós e tem autonomia de até 35 dias.
A Santos Port Authority (SPA) explicou que o cilindro ainda não está dentro da embarcação, pois aguarda a liberação do certificado do guindaste, que atesta se o equipamento suporta o carregamento de 54 toneladas, o peso do cilindro. Após a aprovação, o tanque para o oxigênio será colocado em uma área utilizada para pousar aeronaves e contêineres dentro do navio de patrulha.
Ele deve sair até o final da tarde e seguirá até o destino de Porto de Belém. A estimativa é que a embarcação chegue no dia 28 de janeiro. Ele será carregado com 90 mil m³ de oxigênio líquido, que correspondem a 9 mil cilindros de oxigênio comuns, utilizados nos hospitais.
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