Estudo: Brasil é o pior do mundo na gestão da pandemia
Instituto aponta que a política e a corrupção no país são os mais agravantes
O Brasil é o pior país do mundo quando o assunto é a gestão de combate à pandemia do coronavírus. É o que revelou um estudo publicado por um grupo de pesquisas do Lowy Institute, da Austrália. Foram analisados 100 países seguindo critérios como casos confirmados, mortes e a capacidade para a detecção da doença.
Para se ter uma ideia, a Nova Zelândia teve 2.299 casos da COVID-19 e 25 mortes. Mas graças as medidas adotadas, como o fechamento imediato das fronteiras, bloqueios e os testes de diagnóstico em massa, o país da Oceania praticamente acabou com a doença.
Já o Brasil está perto de 9 milhões de infecções e 220 mil mortes. Para o instituto estes números são alarmantes e revelam crise total. Além do Brasil, estão México, Colômbia, Irã e Estados Unidos surgem também como os últimos da lista. Na contramão da situação adversa, o Vietnã, Taiwan, Tailândia, Chipre, Ruanda, Islândia, Austrália, Letônia e Sri Lanka estão entre os dez principais países que melhor responderam à pandemia.
Os autores não conseguiram colocar a China, país que gerou a origem do coronavírus, porque não houveram dados de diagnósticos para serem publicados.
Política e falta de transparência
Outra entidade, a Transparência Internacional, divulgou seu índice de percepção de corrupção. O Brasil ficou na 94ª posição do ranking, de um total de 180 países.
De acordo com a Transparência Internacional, países com menos corrupção foram os que conseguiram gerenciar melhor as crises de economia e saúde durante a pandemia de Covid-19. Trata-se de uma correlação que os analistas da ONG observaram, ainda que eles não tenham trabalhado com um modelo de dados de resposta à pandemia.
A conexão entre corrupção e coronavírus é algo observável no mundo, segundo a análise. A Nova Zelândia ficou em primeiro no ranking de melhor percepção de corrupção. O pior país foi a Somália.