Na emoção e na prorrogação o Brasil vence a Espanha e conquista o bi olímpico
Malcom foi o autor do gol decisivo após sufoco gerado pelos espanhóis
O torcedor brasileiro está em um sábado (7) bem sorridente e dourado. Nas Olimpíadas de Tóquio, pela segunda vez seguida o Brasil conquista a medalha de ouro no futebol. Dessa vez o adversário foi a Espanha e o que não faltou foi emoção, momentos de alívio, drama e alegria brasileira no fim.
Como em toda decisão que se preze, a partida esteve bem equilibrada e com uma Espanha chegando a ter mais controle e posse de bola. E por pouco os espanhóis não abriram o placar. Oyarzabal cabeceou para o meio da área e Diego Carlos ia desviando para o próprio gol. A sorte é que ele mesmo tirou a bola em cima da linha. A seleção brasileira foi se soltando e tentou chegar no gol adversário.
A melhor oportunidade do Brasil aconteceu aos 38 minutos. Após cobrança de falta, o goleiro Unai Simón saiu de forma estabanada e atropelou Matheus Cunha. Após revisão no VAR, o árbitro marcou pênalti, mas Richarlison isolou a bola e desperdiçou a cobrança. Só que o Brasil não se abalou e já nos acréscimos fez o primeiro gol. Claudinho cruzou, Daniel Alves evitou que a bola saísse pela linha de fundo e, após brigar com dois zagueiros, Matheus Cunha bateu colocado e mandou para as redes.
Segundo tempo e Espanha reage
Na etapa final, o Brasil tentou resolver o jogo logo nos primeiros minutos. Aos 5, Cunha acionou Antony, que avançou e chutou rasteiro, parando na defesa de Unai Simón. Porém, estava impedido. No minuto seguinte, após uma bela troca de passes, Richarlison recebeu dentro da área, limpou a marcação e finalizou. A bola tocou no pé do camisa 1 espanhol e bateu no travessão.
Após os sustos, a Espanha cresceu no jogo, teve mais posse de bola e passou a ameaçar os brasileiros. O gol não demorou a acontecer. Aos 15 minutos, Bryan Gil tocou para Carlos Soler, que cruzou para Oyarzabal. Nas costas de Daniel Alves, ele pegou de primeira na bola, sem chances de defesa para Santos.
A Espanha seguiu superior diante de um adversário que parecia desgastado fisicamente e não fez nenhuma substituição no tempo regulamentar. La Roja ainda colocou duas bolas no travessão, com Soler e Bryan Gil, mas o empate persistiu até o fim, levando o jogo para a prorrogação.
Prorrogação e Malcom salvador
O técnico André Jardine mudou o time e colocou Malcom no lugar de Matheus Cunha. A substituição foi essencial porque fez com que o Brasil voltasse a criar mais chances de gol. A ponta esquerda do ataque brasileiro era o principal caminho para a busca do gol.
Mas somente no segundo tempo da prorrogação que o alívio brasileiro aconteceu. Antony fez um belo cruzamento e Malcom nvadiu a área e chutou forte, cruzado. A bola ainda tocou no goleiro espanhol, mas foi parar no fundo das redes. Depois disso, a pressão espanhola não foi suficiente para furar o bloqueio brasileiro, que garantiu o bicampeonato olímpico.
Na história do futebol olímpico, o Brasil repetiu os feitos de Uruguai e Argentina. Os uruguaios conquistaram o torneio em 1924 e 1928, enquanto os argentinos obtiveram o feito em 2008 e 2012. Mas a seleção canarinha se destaca por ser a maior medalhista do futebol na história. Além dos dois ouros, o país tem três de prata e duas de bronze.
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