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MPF aciona a Justiça Federal pela manutenção do passaporte da vacina em eventos da Lei Rouanet

A portaria da Secretaria da Cultura suspendeu a obrigatoriedade do comprovante

Nesta semana, uma portaria da Secretaria Especial da Cultura vetou a exigência do passaporte da vacina em eventos dos projetos da Lei Rouanet. Mas o Ministério Público Federal (MPF) exige que ela seja obrigatória e para isso, acionou a Justiça.

Dessa forma, o caso agora será decidido pela 3ª Vara Federal Cível do Distrito Federal. O passaporte sanitário ou passaporte de vacina é uma medida adotada em algumas cidades para exigir que o acesso a determinados ambientes só possa ser feito por quem tomou a vacina contra a Covid.

O presidente Jair Bolsonaro e seus aliados, como o secretário Mário Frias, são contra a adoção do passaporte. A procuradora do MPF que assina a ação, Ana Carolina Roman, argumenta que não cabe à Secretaria de Cultura determinar medidas que devem ser tomadas contra a Covid.

“A norma, além de estar em descompasso com o que se espera dos órgãos públicos no atual cenário epidemiológico, está maculada de outros vícios. Isto impede a produção de seus efeitos no ordenamento jurídico”, afirmou a procuradora.

Criada em 1991, a Lei de Incentivo à Cultura, conhecida como Lei Rouanet, autoriza produtores a buscarem investimento privado para financiar iniciativas culturais. Em troca, as empresas podem abater parcela do valor investido no Imposto de Renda.

Fiocruz responde

No dia 29 de outubro, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) se manifestou favoravelmente ao passaporte de vacina. A instituição lembrou que a vacinação protege não só a pessoa que se vacina, mas também é um processo essencial para a superação da pandemia. Quanto mais pessoas se vacinarem, menos o vírus vai circular.

“É preciso destacar os benefícios de proteção coletiva não só para os trabalhadores, mas para suas famílias, crianças, colegas de trabalho e a comunidade. É especialmente importante que se complete o esquema vacinal com duas doses ou dose única, dependendo do imunizante, incluindo a dose de reforço quando houver indicação, para que possamos alcançar um patamar de maior segurança, com pelo menos 80% da população protegida”, afirmam os pesquisadores da Fiocruz.

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