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Ucrânia: Prefeito de Kiev anuncia toque de recolher

Capital vem sofrendo uma onda de ataques

Kiev, capital da Ucrânia terá um toque de recolher a partir das 20h locais (15h em Brasília) desta terça-feira (15) até as 7h (2h em Brasília) de quinta-feira. A medida foi tomada após vários blocos de apartamentos terem sido atingidos por forças russas localizadas fora da cidade. O anúncio foi dado pelo prefeito Vitaliy Klitschko. Segundo ele, duas pessoas foram mortas no último ataque.

“É proibido circular pela cidade sem permissão especial, exceto para ir aos abrigos antibombas”, disse Klitschko. “A capital é o coração da Ucrânia, e será defendida. Kiev, que atualmente é o símbolo e a base operacional avançada da liberdade e segurança da Europa, não será abandonada por nós”, acrescentou.

A Rússia informou que suas Forças Armadas assumiram o controle total da região de Kherson, no sul da Ucrânia. No entanto, a Reuters não pode verificar independentemente a declaração do porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov.

A cidade de Kherson, uma capital provincial com cerca de 250 mil pessoas, foi o primeiro centro urbano-chave a cair nas mãos das tropas russas. Foi depois que o país invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro.

As autoridades de defesa dos Estados Unidos disseram que a Rússia poderia usar Kherson como parte de estratégia para potencial investida contra Mykolaiv e depois contra Odessa, outras cidades estratégicas no sul do país.

Rússia denomina ato de operação especial

A Rússia chama suas ações na Ucrânia de “operação militar especial” para “desnazificar” o vizinho e impedir o genocídio. Só que a reivindicação que a Ucrânia e seus aliados ocidentais rejeitam como pretexto para um ataque injustificado e ilegal.

“As Forças Armadas da Federação Russa assumiram o controle total de todo o território da região de Kherson”, disse Konashenkov em entrevista, sem dar maiores detalhes.

Ontem, as forças russas apreenderam dez sistemas de mísseis Javelin antitanque de fabricação norte-americana e outras armas fornecidas por países ocidentais à Ucrânia, acrescentou o porta-voz em trecho da entrevista que o ministério publicou em sua página no YouTube.

Konashenkov afirmou que os Javelins e outras armas estrangeiras apreendidas pelos russos seriam entregues a combatentes de duas regiões separatistas no leste da Ucrânia, controladas por grupos apoiados pela Rússia desde 2014.

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