Funcionários Municipais em Barretos recebem treinamento
20 funcionários de CRAS, CREAS e CCIs, CRAM e Programa Criança Feliz participam da capacitação em quatro encontros no Senac

Os funcionários de unidades do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), Centro Referência de Atendimento à Mulher (CRAM), Centro de Convivência do Idoso (CCI) e Programa Criança Feliz, receberam o treinamento pelo Senac, que customizou o curso para essa equipe da prefeitura: ao longo de quatro encontros, mediados por três docentes da instituição, os participantes totalizarão 33 horas de imersão nesse ambiente. Já foram dois encontros e os próximos serão em 27 de julho e 03 de agosto.
“A cultura de paz internaliza. Ela está relacionada a entendimento de alguns valores e mudança de valores: então, em uma situação em que eu possa vir a ser violento ou pacífico, escolho ser pacífico. Para a gente conseguir conviver de forma harmônica”, explicou Joelso. Ele observa que o modo pacífico proposto pela cultura de paz é diferente da submissão. “Não é que um fala e o outro fica quieto: isso não é paz, isso é medo. Sou pacífico, mas não tolero o desrespeito, a discriminação e falo para o outro: ‘isso que você disse: eu não gosto, porém eu te amo, tenho afeto por você. Não é a minha pessoa com a sua. O que você faz, eu gostaria que você não fizesse'”, demonstrou. Ele lembra que se trata de um movimento que vai além do Senac, mas que foi incorporado dentro da instituição.
O docente comentou sobre o impacto que se espera que o treinamento gere nos participantes. “Como o Senac é um lugar de curso de formação, estamos envolvidos com pessoas. E pessoas vão sair daqui para trabalhar. Elas precisam dessa ferramenta para conviver no seu trabalho, em casa”, disse.
Daiane Gibele, docente há 13 anos na instituição, reforça que todos os funcionários do Senac fazem curso sobre cultura de paz para serem multiplicadores. “A cultura de paz é uma bandeira que o Senac carrega em todas as aulas, cursos, parcerias em que a gente estiver”, ressaltou.
A docente Rosangela Paro, que está no Senac há 14 anos, considera que o curso está sendo uma troca de conhecimento. “Está tendo muita interação com os participantes, eles estão trazendo experiências da realidade de trabalho delas, situações que a gente não conhecia. É também uma maneira da gente ampliar nossa visão para pensarmos sobre o que mais podemos fazer para implantar essa cultura. A cada novo curso que damos, também saímos com elementos novos para planejarmos para os próximos participantes”, afirmou. “É como se fosse uma sementinha q a gente está plantando nelas e que vai germinar. Não só no trabalho delas, mas também dentro de casa, na família, como os filhos”, salientou.
Cultura de paz internalizando
A jovem Letícia Mayumi, assistente social no CRAS IV, contou que já participou de outros treinamentos, mas que esse, em especial, está permitindo ampla reflexão. “Antes de a gente transmitir para o usuário, a gente precisa compreender o assunto. Esse é um tema que a gente pedia faz muito tempo e agora a administração nos proporcionou. O curso está bem dinâmico”, afirmou.
A fisioterapeuta Viviane Affonso, que está no CCI Universitário desde sua inauguração há quatro anos e na prefeitura há duas décadas, também classifica essa capacitação como bastante dinâmica. “Estamos tendo espaço para colocar nossa opinião, a oportunidade de repensar valores pessoais também. Além de, para as experiências com nosso público, nossos idosos, vamos conseguir aplicar na rotina e na vida pessoal”, observou.
Com larga experiência na rede, a fisioterapeuta é uma das participantes que já conhece “pelo menos de vista” a maioria das colegas, tendo agora a oportunidade de trocar experiências também com as colegas que entraram há poucos meses. Viviane ressaltou o intercâmbio de vivências que estão tendo a partir de situações que vivem nas diferentes rotinas de trabalho, uma vez que as participantes atuam na mesma secretaria, mas em funções e territórios distintos dentro do município. “Para quem está aberto a mudanças, é uma oportunidade bastante proveitosa”, destacou.
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