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Planeta Terra registra o dia mais curto

Desde os anos 1960 que a Terra não teve dia mais curto

Cientistas fizeram um registro histórico do dia mais curto da história do Planeta Terra. Ela aconteceu no último dia 29 de junho deste ano e foi consolidado o dia mais curto, desde que relógios atômicos de alta precisão começaram a ser utilizados nos anos 1960.

O site Time and Date, junto com o Serviço Internacional de Sistemas de Referência e Rotação da Terra (IERS, na sigla em inglês), informa que a Terra completou uma volta completa em torno do seu eixo com 1,59 milissegundo a menos que exatas 24 horas. Ou seja, 1 ms corresponde a um milésimo de segundo, ou cerca de 0,001s.

A título de comparação, em média, um dia solar nos últimos 365 dias do ano teve -0,29 ms que 24 horas. Hoje, por exemplo, a estimativa é que o dia tenha 0,0003878 segundos a menos que 24 horas. Já em 2019, o dia mais curto registrado foi 16 de julho, com menos 0,95 segundos.

Motivos

Apesar dessas diferenças pontuais, a rotação do planeta está diminuindo de forma geral por causa das forças de maré entre a Terra e a Lua.

O cientistas estudam isso porque a precisão dos sistemas de medição de tempo é algo importante para diversas tecnologias modernas. Receptores de GPS, por exemplo, dependem dessa precisão para decodificar seus sinais de localização.

A Nasa, a agência espacial norte-americana, explica que na época dos dinossauros, a Terra completava uma rotação em cerca de 23 horas, enquanto que no ano de 1820, o movimento levava exatamente 24 horas.

Outro fato contribuinte é que durante os anos de El Niño, por exemplo, a rotação da Terra pode diminuir um pouco por causa de ventos mais fortes, aumentando a duração de um dia em uma fração de milissegundo.

Em 2016, justamente por causa desse fenômeno, o IERS chegou a anunciar a adição de uma espécie de “segundo bissexto” para manter os padrões mundiais de referência de tempo.

Porque os segundos são antecipados?

A resposta para isso ainda é incerta e será explorada por cientistas em eventos e congressos especializados. Porém, se confirmada essa tendência a longo prazo, pesquisadores já debatem se precisaremos de um “segundo bissexto negativo”, subtraindo esse número pequeno, mas significativo, nos nossos relógios.

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