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Bolsonaro admite envolvimento em disseminação de mensagens questionando urnas eletrônicas

Polícia Federal convocou Bolsonaro para prestar depoimento em 31 de agosto sobre o caso. Este será o quinto depoimento dele conduzido pela PF

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reconheceu ter solicitado a um empresário que espalhasse uma mensagem questionando a confiabilidade das urnas eletrônicas. Durante um voo de Brasília para São Paulo, ele admitiu ter enviado a mensagem ao fundador da Tecnisa, Meyer Nigri. O motivo foi a manifestação do então presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Roberto Barroso, sobre a derrota da proposta de voto impresso na Câmara em 2021. Bolsonaro defendeu o voto impresso e afirmou que não via problema em enviar a mensagem.

A conversa entre Bolsonaro e Meyer Nigri foi exposta pelo blog da Daniela Lima. Na troca de mensagens, Bolsonaro supostamente pede a disseminação de notícias falsas, e Nigri responde confirmando o compartilhamento em diversos grupos.

Bolsonaro estava em trânsito para São Paulo para procedimentos médicos e foi internado para exames de rotina no hospital Vila Nova Star, conforme informado por seu advogado, Fábio Wajgarten.

Meyer Nigri está entre os empresários investigados por supostamente discutirem um golpe de estado em conversas por aplicativo de mensagens. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, concedeu à Polícia Federal mais tempo para conduzir diligências relacionadas a Nigri, justificando a continuidade das investigações devido às evidências de conexões entre Nigri e Bolsonaro na disseminação de notícias falsas prejudiciais à democracia.

A investigação também encontrou mensagens que atacam o Tribunal Superior Eleitoral, o Supremo Tribunal Federal e o instituto de pesquisa Datafolha, provenientes do contato “PR Bolsonaro 8”.

Bolsonaro vai prestar depoimento

A Polícia Federal convocou Bolsonaro para prestar depoimento em 31 de agosto sobre o caso. Este será o quinto depoimento dele em investigações conduzidas pela PF, abordando assuntos como joias doadas pelo governo saudita, atos golpistas, suspeitas de fraude de cartões de vacinação e alegações de planos de golpe.

A defesa de Meyer Nigri afirmou ao G1 que ele apenas encaminhou mensagens para incentivar debates de ideias, negando envolvimento em disseminação de notícias falsas e afirmando que ele não possui presença em redes sociais ou plataformas de disseminação em massa. A defesa está confiante de que ele não cometeu nenhum crime.

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