PF intima Bolsonaro a prestar depoimento em inquérito sobre discussão de golpe

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi chamado pela Polícia Federal para dar depoimento sobre mensagens de WhatsApp onde empresários falaram sobre um possível golpe de Estado. A data da conversa está marcada para o dia 31 de agosto. A investigação, liderada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), começou depois de um artigo de Guilherme Amado, do Metrópoles, que sugeriu ligações entre Bolsonaro e a propagação de informações falsas e ataques às instituições.

A matéria revelou um grupo de WhatsApp de empresários influentes que apoiavam Bolsonaro, discutiam abertamente a possibilidade de um golpe de Estado. A Polícia Federal intimou Bolsonaro a depor sobre essa investigação. A defesa de Bolsonaro quer acessar as informações da investigação antes do depoimento. Vale notar que Bolsonaro já foi ouvido pela PF em pelo menos outras quatro ocasiões.

Em 21 de agosto, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, encerrou a investigação de seis empresários que foram alvo de mandados em agosto de 2022.

Moraes encerrou a investigação de Afrânio Barreira Filho, José Isaac Peres, José Koury Junior, Ivan Wrobel, Marco Aurélio Raymundo e Luiz André Tissot. Ele deu mais 60 dias para a PF investigar dois deles: Luciano Hang e Meyer Joseph Nigri. A investigação foca no celular de Hang e em qualquer possível conexão com Bolsonaro, segundo a PF.

Nas mensagens pelo aplicativo, empresários que apoiavam Bolsonaro sugeriram um golpe de Estado caso o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, ganhasse a eleição de outubro para a Presidência.

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