Eduardo Bolsonaro diz que trabalha para impedir diálogo de senadores nos EUA sobre tarifas
Deputado afirma que missão ignora crise institucional e que apenas acordos “meio-termo” sairiam do encontro com autoridades americanas
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) declarou nesta segunda-feira (28) que atua para evitar que a comitiva de senadores brasileiros, em missão oficial aos Estados Unidos, tenha sucesso nas tentativas de diálogo com representantes norte-americanos sobre as tarifas de 50% aplicadas a produtos brasileiros.
“Com certeza não, e eu trabalho para que eles não encontrem diálogo, porque sei que, vindo desse tipo de pessoa, só haverá acordos daquele tipo meio-termo, que não é nem certo, nem errado”, afirmou Eduardo em entrevista ao SBT News.
A missão parlamentar reúne senadores de diferentes partidos, inclusive ex-ministros do governo Bolsonaro, como Tereza Cristina (PP-MS) e Marcos Pontes (PL-SP), que estão em Washington tentando reverter a medida imposta pelo presidente dos EUA, Donald Trump. As tarifas entram em vigor em 1º de agosto.
Críticas à comitiva e ataque a Moraes
Para Eduardo, a comitiva ignora o que ele chama de “crise institucional” no Brasil. O deputado sustenta que as tarifas são uma reação direta à “perseguição” contra Jair Bolsonaro, seus familiares e aliados. Segundo ele, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), teria, inclusive, autorizado mandados de prisão contra cidadãos americanos com base em conteúdos publicados nos Estados Unidos.
“Trump encontrou um adversário à altura em Alexandre de Moraes”, disse o deputado, ao criticar a atuação do STF e associar a reação americana a decisões da Justiça brasileira.
Eduardo Bolsonaro afirma que, diante do contexto político, qualquer negociação feita pela missão oficial será ineficaz e desvia do que considera o verdadeiro problema.
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