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Plataforma da Petrobras na Bacia de Santos tem casos de COVID-19

O Ministério Público foi acionado para que medidas sejam tomadas

Tem ocorrido um aumento no número casos de COVID-19, na plataforma de petróleo P-69, da Petrobras, localizada na Bacia de Santos. Segundo o Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista, já são 21 funcionários que contraíram a doença, quatro de forma recente.

Se não bastasse isso, mais uma plataforma também teve casos confirmados de coronavírus. Ela também está localizada na Bacia de Santos. O Sindipetro explica que está realizando o monitoramento dos trabalhadores desde o dia 12 de novembro, após os mesmos trabalhadores acionarem a entidade sobre a doença.

A denúncia do sindicato é que a Petrobras não teria acatado o pedido para que as atividades fossem paralisadas após os primeiros casos da COVID-19. Porém a Petrobras teria desembarcado com os pacientes que tiveram os sintomas e fez a descontaminação da área, mas seguiu com os trabalhos, o que fez com que mais casos surgissem.

“A proposta do Sindicato, desde o início, era de desembarcar todos os funcionários que estão na plataforma, suspender as atividades temporariamente, fazer uma descontaminação geral e assim trazer outros trabalhadores, mas a empresa não acatou nosso pedido”, afirmou Marcelo de Silva Lima, diretor do Sindipetro.

Além da interrupção das atividades, o sindicato também solicitou a testagem dos trabalhadores no desembarque da plataforma. “Se essa testagem fosse feita, já detectaria até os casos assintomáticos, mas com capacidade de contaminação, e não precisaríamos esperar para desembarcar os trabalhadores com suspeita”, disse.

Denúncia ao MP

O Sindicato já apresentou junto à Agência Nacional do Petróleo (ANP), Ministério Público do Trabalho (MPT) e Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) uma denúncia pela falta de segurança operacional por surto de Covid-19 na P-69.

O sindicato pede ainda que seja instaurado processo fiscalizatório, o que inclui uma diligência na plataforma, para constatação das denúncias apresentadas de falta de medidas de prevenção para combater o risco de contaminação ao Covid-19, o que acontece nos ambientes de pré-embarque, como o aeroporto de Jacarepaguá e hotéis onde muitos se hospedam, e no interior da unidade.

Paralelamente a isso, o Sindicato exige também a emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), já que a força de trabalho foi contaminada no exercício da profissão, e que seja implementada a testagem após o desembarque. Com essa medida será possível determinar antecipadamente a contaminação a bordo.

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