Caravelas-portuguesas aparecem na faixa de areia
Todas estavam sem vida e a cena chamou a atenção dos guarda-vidas


Mais de 100 caravelas-portuguesas apareceram na faixa de areia de uma praia de Peruíbe. A equipe de guarda-vidas temporários trabalhava no local quando presenciou a impressionante cena. Mas todos os animais já estavam sem vida.
Segundo o Grupamento de Bombeiros Marítimos (GBMar), a aparição destes bichos é comum nesta época do ano por causa da correnteza marítima. Mas a grande quantidade é considerada rara. Embora sejam vistos de uma forma exótica é importante lembrar que eles não podem ser tocados, porque os tentáculos podem provocar queimaduras graves, que podem até levar a morte.
Não é a primeira vez que Peruíbe presencia o surgimento de caravelas-portuguesas. No final de dezembro de 2020, banhistas que estavam na Praia do Guaraú, também se depararam com as aparições dos animais marinhos. A impressão que deu é que eram sacos plásticos.
O Instituto Biopesca foi acionado e a entidade deu a orientação para que os guarda-vidas fizessem a remoção dos animais mortos. Eles foram colocados em baldes para que nenhum banhista entrasse em contato e pudesse se ferir.
Depois disso As caravelas foram enterradas pela equipe, conforme orientação do Biopesca, longe do alcance de banhistas. “Aqui é comum elas parecerem. Mas, nessa quantidade e juntas, ainda não tínhamos visto”, afirma o tenente. Ele ainda alerta para que as pessoas tenham cuidado ao chegar perto desse animal.
Orientações
De acordo com o biólogo Éric Comin, a caravela-portuguesa oferece grande risco porque pode causar queimaduras de até 3º grau já que os tentáculos liberam uma substância extremamente urticante. A queimadura pode até causar uma parada cardiorrespiratória, segundo ele.
“Um risco muito grande está diretamente relacionado a um animal desse bater na região torácica, principalmente, de crianças. Pode ocorrer uma parada cardiorrespiratória”, afirma Éric.
“Na água, os tentáculos podem chegar até a 15 metros, então, é importante se afastar. Caso haja contato com a substância urticante e tiver queimaduras, a pessoa não deve esfregar. Pode passar soro fisiológico ou vinagre e, em seguida, procurar por atendimento médico”, finaliza Rolin.
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