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Motorista que atropelou família se apresenta à Polícia

Ele diz que teve um 'apagão' e fugiu temendo represália

O motorista que atropelou quatro pessoas da mesma família na Av. Campos Sales, em Santos, se apresentou à Polícia. Ele falou que teve um ‘apagão’ enquanto dirigia e por isso teve perda de controle do veículo que bateu contra um contentor de lixo, acertou as pessoas e depois caiu no canal.

No acidente, uma idosa de 72 anos, as duas netas e o bisneto foram atingidos. Segundo informações da Prefeitura, a senhora e a criança de 12 anos seguem internadas. As outras duas vítimas já foram liberadas e passam bem.

As imagens de monitoramento mostraram o momento exato da colisão quando o motorista, que não tinha habilitação, trafegava pela Av. Campos Sales, na pista em direção ao Porto de Santos. Ele perdeu o controle da direção e bateu contra um contentor de lixo. Na sequência, o carro atingiu quatro pessoas da mesma família que estavam sentadas na mureta do canal.

Depois um grupo de pessoas foram até o local prestar socorro. Só que o condutor aproveitou para fugir do local. Ele disse ao se apresentar no 4º DP da Polícia Civil que se apresentou devido a enorme repercussão que o caso teve, mas se defendeu dizendo que sofreu um ‘apagão’.

Depoimento

O rapaz tem 39 anos, é morador de São Vicente e trabalha como balconista. Ele estava com o carro do padrasto no momento do acidente. O balconista disse à polícia que havia trabalhado durante toda a madrugada de domingo e, ao sair do serviço, às 8h, decidiu ir à praia, onde passou parte do dia. O rapaz pegou o carro do padrasto sem o conhecimento dele. Por volta das 14h, decidiu assistir a uma partida de futebol na Rua Pego Júnior, na Vila Mathias, ainda sem dormir.

Ele ficou no local do jogo por algumas horas e, às 17h30, passou a se sentir muito cansado e com sono. Por isso, optou por ir embora, junto com um colega. Ao passar pela Rua Campos Sales, segundo o depoimento, ele teve um ‘apagão’ e só despertou quando já estava dentro do canal, sem saber o que aconteceu.

Tanto ele quanto o passageiro saíram por um das janelas do carro. Ainda conforme o motorista, no local, os moradores queriam “fazer justiça com as próprias mãos” e, por isso, ele fugiu com medo de sofrer algum tipo de represália. O colega ficou no local e foi socorrido. Após o acidente, o balconista contou que se escondeu na casa de um primo, em São Vicente.

Ele declarou que estava com várias lesões no rosto e no corpo, devido ao acidente. Ao fim, o homem disse à polícia que é trabalhador, não tem nenhuma condenação, não é usuário de drogas ou de bebida alcoólica e que o caso “foi uma fatalidade”. Depois de prestar esclarecimentos, ele foi liberado.

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