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Tartaruga rara faz desova em Itanhaém

Ela está ameaçada de extinção e foi encontrada em praia

Surpresa para quem estava na Praia do Suarão, em Itanhaém. Uma tartaruga-de-couro, também conhecida como tartaruga gigante fez a desova. O animal é raro e está ameaçado de extinção. Por conta da presença dela, o Instituto Biopesca compareceu para acompanhar o fato.

A entidade de proteção explica que a equipe que executa o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) passou a monitorar o ninho do animal. Por volta das 20h20 dessa sexta-feira (19), o Biopesca foi acionado e chegou até a praia adotando todos os procedimentos para isolar e proteger a área, mas também a própria tartaruga.

Medidas como apagar as luzes e silêncio da população presente, além de não fazer fotos com flash foram pedidos. A tartaruga gigante possui 1,77 de comprimento e pesa aproximadamente 300 kg. Ela foi anilhada, procedimento que consiste na colocação de uma espécie de brinco de metal e colabora para estudos voltados à conservação da espécie. Logo após o fim dos procedimentos, a tartaruga voltou ao mar.

Espécie em extinção

A médica veterinária do Instituto Biopesca, Vanessa Ribeiro, deu os detalhes sobre as características do animal. Segundo ela, está classificado como animal Criticamente em Perigo de Extinção. Ela explica que essa espécie é oceânica, ou seja, não costuma ficar próxima à costa, por isso, foi uma surpresa encontrá-la realizando a desova no litoral de São Paulo.

A veterinária esclarece que essa tartaruga costuma desovar apenas na região Norte do Espírito Santo, mas teve registros recentes de desova no Paraná, em Santa Catarina, no Rio Grande do Sul e, agora, na Baixada Santista. O motivo ainda está sendo investigado pelo Instituto Biopesca.

Segundo a especialista, em mais de cinco anos desde o início do projeto da PMP-BS, essa foi a única vez que essa espécie desovou na região, que também não possui registro de outro aparecimento antes desse período. A tartaruga estava sendo acompanhada já há alguns dias, quando foi vista por banhistas em Praia Grande, também no litoral de São Paulo. O instituto chegou a receber três chamados, mas em nenhum deles o animal saiu da água.

Conforme Vanessa, a Praia do Suarão possui menos iluminação e movimentação do que as de Praia Grande, motivo que proporcionou a desova do animal.

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