Na semana em que se completa um ano do primeiro caso de COVID-19 no Brasil e também a marca de 250 mil mortes, o Sul do Brasil está em uma situação alarmante e todos os estados vivem o drama. Isso porque além do aumento dos novos casos, a ocupação nos leitos de UTI, tanto na rede pública, como na privada passa de 90%.
Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina estão em situação de colapso na saúde por conta das internações de pacientes do coronavírus. Pra piorar já tem gente nas filas a espera de serem atendidos e internados. Muitas medidas de restrição e até de lockdown em várias cidades deverão ser tomadas.
Paraná
Diversas cidades estão em momento crítico da pandemia, especialmente em Curitiba, onde todos os leitos dos hospitais da capital paranaense estão ocupados. Pelo menos três hospitais tinham filas de pacientes em busca de atendimento. Alguns ficaram dentro das ambulâncias e em tendas montadas para serem atendidos. Segundo o Governo do Paraná, o agravamento é por conta das festas clandestinas de Carnaval.
Para tentar conter ainda mais o avanço da COVID-19, foi decretada a bandeira laranja. Entre as proibições estabelecidas estão as realizações de eventos em casas de shows, circos, teatros, cinemas, além de qualquer prática esportiva coletiva.
Rio Grande do Sul
O estado está à beira da lotação máxima dos leitos de UTI para pacientes com COVID-19. Até a secretária estadual de Saúde, Arita Bergmann pede que todos os hospitais liberem todos os espaços possíveis para receber os pacientes, já que existe uma enorme dificuldade para a criação de novos leitos.
A titular da pasta do Rio Grande do Sul chegou a afirmar que “está enxergando o pico do Everest”, em alusão à montanha mais alta do mundo. O estado tinha 2.383 pacientes internados com o coronavírus em janeiro. Mas passado um mês, este número mais que dobrou e alcançou 4.925 pacientes.
Santa Catarina
Um recorde negativo foi atingido no estado. Todos os hospitais estaduais estão com 91,18% na ocupação dos leitos de UTI geral, mas também para quem tem COVID-19. Até a quinta-feira (25), 83 pacientes esperavam por uma vaga de internação. O governo publicou um decreto, onde várias medidas de restrição fossem seguidas durante 15 dias.
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