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Craque do Flamengo e cantor furam quarentena e participam de festa clandestina

Polícia Civil fechou o cassino onde o evento irregular foi encontrado

O craque e astro do Flamengo, o atacante Gabigol, junto com o cantor MC Gui foram detidos pela Polícia Civil depois de furarem a quarentena e participarem de uma festa clandestina. O evento ocorreu durante a madrugada de domingo (14) em um cassino clandestino na Vila Olímpia, Zona Sul de São Paulo. Além deles, outras 200 pessoas estavam no local e a grande maioria sem máscara.

O jogador do Flamengo iria se reapresentar junto com todo o elenco principal visando a preparação para a temporada 2021, já que os jogadores receberam um período de descanso após o título do Campeonato Brasileiro. Mas ao invés de descansar e principalmente se resguardar, num momento em que o Brasil tem mais de 277 mil mortes por coronavírus, além dos casos estarem em constante alta, o jogador foi curtir a festa irregular.

O jogador deixou o local em uma viatura. Pouco antes, ouviu de algum presente se estaria no Fla Flu deste domingo: “Não, mano. Pergunta idiota do c…”. De acordo com a polícia, Gabigol foi flagrado escondido embaixo de uma mesa do cassino.

A ocorrência

O delegado da Polícia Civil e supervisor do Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (GARRA), Eduardo Brotero, explicou o caso e deu detalhes da operação.

“Tivemos a informação através de uma força-tarefa montada pelo governo do estado com a Polícia Civil, Polícia Militar, Procon, Corpo de Bombeiros, vigilância sanitária, além da Guarda Civil Metropolitana de que no lugar haveria uma festa clandestina com aglomeração, que é o que combatemos. Ao chegarmos no local, para a nossa surpresa, não se tratava de uma festa clandestina, e sim de um cassino clandestino. Na verdade bastante grande. Com diversas pessoas aglomeradas, se expondo ao contágio novamente”, diz.

“Foram conduzidos, na verdade qualificados, por conta da pandemia já para prestar esclarecimento aqui na delegacia, e os funcionários e o responsável pelo local também devem responder por crime contra a saúde pública, jogo de azar e contravenção. Os demais serão ouvidos posteriormente porque senão a gente causaria outra aglomeração aqui”, explicou Brotero.

“A gente não pode analisar do ponto de vista individual. Para a polícia, a gente não trabalha com um nome. Eu não decido quem vai ser alvo da nossa repreensão. Para mim, todos são iguais ali e devem ser responsabilizados na medida das suas condutas, na medida do que fizeram. Na verdade é que o que causa espanto é que, novamente no meio de uma situação da humanidade, dessa pandemia, com gente morrendo, falta de leito no hospital, alguns desfrutam da vida como se nada tivesse acontecido”.

Procedimento que substitui prisão em flagrante é feito contra Gabigol

Apesar do Gabigol ter sido detido por conta da festa clandestina ele não será preso. Além disso os outros envolvidos também não serão, já que vão assinar um termo circunstancial. O diretor do DPPC de São Paulo, Emgydio Machado Neto, confirmou que foi feito um TC (termo circunstanciado de ocorrência, procedimento administrativo que substitui o auto de prisão em flagrante e o inquérito policial) contra Gabigol, enquadrando-o no artigo 268.

Art. 268 – Infringir determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa:
Pena – detenção, de um mês a um ano, e multa.
Parágrafo único – A pena é aumentada de um terço, se o agente é funcionário da saúde pública ou exerce a profissão de médico, farmacêutico, dentista ou enfermeiro.

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