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Doria recua em novas restrições e zera impostos de alimentos

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse nessa quarta-feira (17) que vai zerar o imposto para o leite e reduzir o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) da carne a partir do dia 1° abril. A alteração será em caráter permanente.

Também foi anunciada a prorrogação por mais 30 dias da suspensão de corte de gás e água no estado. A medida venceria no dia 30 de março, mas foi estendida até o final do próximo mês. O benefício vale para estabelecimentos com consumo de até 100 m³ mensais de água e de até 150 m³ por mês de gás.

As medidas serão publicadas no Diário Oficial nesta quinta (18). Mas outra medida também anunciada foi sobre um apoio fiscal e tarifário aos bares, restaurantes, academias, salões de beleza e produção de eventos em todo o estado. O pacote prevê R$ 100 milhões em linhas crédito.

As medidas tentam minimizar os impactos da crise provocada pela pandemia de coronavírus, com a redução de funcionamento dos setores por conta da necessidade de isolamento social. Estes estabelecimentos foram fechados pela fase emergencial e só funcionam por meio de delivery.

Lockdown ainda sob análise

Diante do agravamento de casos, internações e mortes, surgiu a informação que o Governo de São Paulo iria implementar um lockdown ou restrições ainda mais severas. Mas o governador resolveu esperar o decorrer da situação e caso não haja melhora aí o lockdown será decretado.

“Não digo que certamente, mas eventualmente (o lockdown) pode ser adotado. O estado da pandemia é grave, situação dramática em todo o Brasil. Outros governadores estão vivenciando situações parecidas, com vários estados a beira do limite do colapso. Estamos preocupados, atentos, mas seguindo a orientação da ciência. Quem decide as medidas que serão adotadas é o nosso Centro de Contingência da COVID-19”, disse Doria.

O coordenador do Centro de Contingência, Paulo Menezes, destacou que o grupo de especialistas está acompanhando a evolução da pandemia e os resultados produzidos pelas novas medidas restritivas anunciadas pelo governo, antes de partir para medidas mais extremas.

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