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Síndrome de Down: atendimento precoce e inclusão são essenciais

O dia 21 de março relembra os avanços e a necessidade da população se conscientizar

O 21 de março é o Dia Internacional da Síndrome de Down e esta data é importante não somente para lembrarmos a importância dessas pessoas. Mas também que as pessoas se conscientizem, promovam a inclusão e a busca por direitos iguais. Afinal, eles tem a mesma capacidade de fazerem o que quiserem.

Quando uma criança nasce com Síndrome de Down, os pais oferecem todo um amor e cuidado visando zelar a saúde física e emocional delas. Mas também é fundamental que estas pessoas também tenham um importante acompanhamento social e educacional pelo desenvolvimento delas. Para isso este trabalho deve começar desde bebê.

“O quanto antes iniciar o atendimento, melhor. Esta atitude da família pode contribuir significativamente no desenvolvimento da criança”, informa Suely Angelotti, diretora executiva da Apae Jundiaí.

Já a coordenadora de Saúde da Apae Jundiaí, Camila Mendes, reforça que a participação da família no desenvolvimento da criança é muito importante. “A Apae atua com afinco no fortalecimento do vínculo com a família, no empoderamento e na busca pelos direitos. Nós procuramos fazer com que as famílias entendam que a sua participação e o seu envolvimento é importante e pode contribuir muito no processo de inclusão da pessoa com deficiência”, defende.

Quebrando o preconceito

Muita gente infelizmente enxerga a Síndrome de Down como uma doença e algo que debilita as pessoas. Mas não é assim. A Síndrome de Down é uma mutação do material genético. Síndrome de Down, ou trissomia do cromossomo 21, é uma alteração genética causada por um erro na divisão celular durante a divisão embrionária. Os portadores da síndrome, em vez de dois cromossomos no par 21 (o menor cromossomo humano), possuem três. Não se sabe por que isso acontece.

É essencial que bebês e crianças com síndrome de Down sejam acompanhadas desde cedo com exames diversos para diagnosticar o quanto antes quaisquer anormalidades cardiovasculares, gastrointestinais, endócrinas, auditivas e visuais. Muitas vezes, o tratamento precoce pode até impedir que esses problemas cheguem a afetar a saúde do indivíduo.

Ao longo da vida, é importante manter um acompanhamento médico para avaliação geral e para monitorar o surgimento de fatores como obesidade ou qualquer outra condição que exija atenção, como apneia do sono. O Ministério da Saúde elaborou uma cartilha completa de orientação para cuidados com a saúde da pessoa com síndrome de Down de acordo com a fase da vida. Consulte o material aqui.

Crianças com síndrome de Down precisam ser estimuladas desde o nascimento para que sejam capazes de vencer as limitações que essa alteração genética lhes impõe. Como têm necessidades específicas de saúde e aprendizagem, exigem assistência profissional multidisciplinar e atenção permanente dos pais. O objetivo deve ser sempre habilitá-las para o convívio e a participação social.

A diretora executiva da Apae lamenta que, infelizmente, ainda existe muito preconceito não só com a Síndrome de Down, mas com a pessoa com deficiência intelectual de uma forma geral.  “Nós queremos contribuir com uma sociedade mais inclusiva e que respeita as diferenças”, afirma.

Como oferecer o desenvolvimento?

  • A estimulação precoce desde o nascimento é a forma mais eficaz de promover o desenvolvimento dos potenciais da criança com síndrome de Down. Empenhe-se nessa tarefa, mas procure levar a vida normalmente. Como todas as outras, essa criança precisa fundamentalmente de carinho, alimentação adequada, cuidados com a saúde e um ambiente acolhedor;
  • O ideal é que essas crianças sejam matriculadas em escolas regulares, onde possam desenvolver suas potencialidades, respeitando os limites que a síndrome impõe, e interagir com os colegas e professores. Em certos casos, porém, o melhor é frequentar escolas especializadas, que lhes proporcionem outro tipo de acompanhamento;
  • O preconceito e a discriminação são os piores inimigos dos portadores da síndrome. O fato de apresentarem características físicas típicas e algum comprometimento intelectual não significa que tenham menos direitos e necessidades. Cada vez mais, pais, profissionais da saúde e educadores têm lutado contra todas as restrições impostas a essas crianças.

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