Esporte

Clubes criam a Superliga Europeia e provocam reação mundial

Clubes, atletas, treinadores e outras entidades se manifestaram sobre o lançamento da competição

A Europa e o mundo do futebol foram impactados com a notícia da criação de uma Superliga Europeia de Clubes. Doze equipes estão envolvidas nesta iniciativa. São eles: Manchester United, Manchester City, Arsenal, Liverpool, Chelsea, Tottenham, Barcelona, Atlético de Madrid, Real Madrid, Internazionale de Milão, Juventus e Milan.

Segundo a iniciativa, a ideia é fazer um torneio com 15 times fixos, mais 5 participantes definidos com base no desempenho em outras competições. A Superliga Europeia não teria rebaixados, mas faria confrontos entre as grandes competições envolvendo os clubes europeus e até do planeta.

Por meio de um comunicado, os responsáveis pela competição justificaram a criação do campeonato. “A formação da Superliga vem em um momento no qual a pandemia global acelerou a instabilidade no modelo econômico atual do futebol europeu. Além disso, por anos os clubes fundadores têm tido o objetivo de melhorar a qualidade e intensidade das competições europeias a cada temporada, e de criar um formato para que os principais clubes e jogadores possam competir com regularidade”.

Risco à Liga dos Campeões da Europa?

Com o anúncio da criação da Superliga Europeia, muita gente já fez a pergunta sobre o futuro da Liga dos Campeões da Europa, principal e maior competição de clubes do planeta. A UEFA, principal entidade do futebol europeu e as federações da Alemanha, Espanha, Holanda e Inglaterra já se manifestaram contrárias à competição. Existe o risco de exclusão dos clubes envolvidos de competirem em outros campeonatos europeus.

Mas sobre a possível ameaça à Liga dos Campeões, a resposta é que a Superliga não acabaria com a atual competição, mas gera sim uma grave ameaça. Os clubes dentre os mais ricos e tradicionais da Europa, com elenco recheados de grandes estrelas, deixariam de disputar a tradicional competição europeia para jogar a nova liga.

Com a elite do futebol mundial em uma liga sem rebaixamento e que não aceita entrada de times de menor expressão. A Superliga romperia com todo o sistema estabelecido do futebol europeu. Além disso, poderia atrair os patrocinadores e esvaziar as demais competições europeias.

O impacto no futebol mundial?

Muitas das ações e novidades lançadas pelo futebol europeu acabam servindo de inspiração para que outras confederações sigam, visando modernizar o futebol. Mas para o advogado Eduardo Carlezzo esta criação vai gerar uma tremenda briga esportiva e judicial.

“Poderemos ter a maior batalha legal no futebol mundial desde o caso Bosman. A Fifa, a Uefa e as federações devem ter reação imediata e vão buscar lutar contra isso, aplicando punições. O caso possivelmente irá para o Tribunal Arbitral do Esporte (TAS)”.

Para Carlezzo, a briga pode, inclusive, afetar o futebol brasileiro, já que atletas que atuam pelos clubes envolvidos na Super Liga podem ser impedidos de atuarem por suas seleções. Da mesma forma que o caso Bosman sinalizou uma maior independência dos jogadores em relação aos clubes, a Super Liga pode se tornar um caso emblemático para uma maior independência dos clubes em relação às federações.

“A questão central reside na eterna divergência entre a autonomia que os clubes entendem ter para definir sua própria vida, por um lado, e por outro na existência de um sistema federativo fechado há muitos anos que não permite competições entre clubes que não sejam autorizadas por federações e confederações”.

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