Saúde

Nova versão da Sputnik é aprovada na Rússia

A Sputnik Light informa que apenas uma dose é suficiente para imunizar

Nesta quinta-feira (6), a Rússia anunciou que fez o registro de uma nova versão da vacina Sputnik V. Nela, apenas uma dose é necessária para garantir a imunização contra a Covid-19, ao invés de duas doses para dar a proteção.

O Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF) fez o anúncio e o ela foi batizada de Sputnik Light, usa apenas a primeira dose da Sputnik V, a original. Os testes mostraram que ela teve uma eficácia de 79,4%, de acordo com o fundo. Isso “é superior ao de muitas vacinas de duas doses”, ressaltou.

“O regime de dose única permite a imunização de um maior número de pessoas em um menor espaço de tempo, favorecendo o combate à pandemia na fase aguda”. Segundo o governo da Rússia, nenhum evento adverso grave foi registrado na pesquisa, informou o RDIF.

Polêmica com o Brasil

Quando se fala da vacina Sputnik V, logo vem a polêmica envolvendo a Rússia com o Brasil. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), questiona a eficácia e segurança do imunizante. Os pedidos de importação foram vetados porque diz que não pode confiar na segurança, eficácia e qualidade do imunizante diante da ausência de informações que foram requisitadas.

Uma das principais questões é que não deveria haver vírus capazes de se replicar em sua composição, e, segundo a Anvisa, os dados das pesquisas mostram que a Sputnik V tem isso. O RDIF negou e disse que mais de 20 milhões de pessoas no mundo já receberam ao menos uma dose do imunizante.

O uso da Sputnik V foi aprovado em 64 países até agora, afirma o fabricante. Mas a Anvisa diz que só uma minoria deles está aplicando de fato a vacina na população. O Consórcio Nordeste, montado por governadores da Região pedem que a Anvisa reveja a decisão e possa liberar a importação e o uso do imunizante.

O que se sabe sobre eficácia

O fundo soberano russo disse no novo anúncio que a Sputnik Light gerou anticorpos em 96,9% dos participantes do estudo, e, em 91,67%, também produziu os anticorpos neutralizantes, que impedem a infecção das células humanas.

A taxa de eficácia de 79,4% foi calculada com base em dados de russos que foram vacinados com a primeira dose da Sputnik V. Mas não receberam a segunda por algum motivo, entre 5 de dezembro de 2020 e 15 de abril de 2021. O fabricante não informou no comunicado quantas pessoas fizeram parte do grupo analisado.

A vacina Sputnik original teve uma eficácia de 91,6% nos testes clínicos e de 97,6% no mundo real, de acordo com o fundo russo. O RDIF divulgou com o anúncio de hoje que um estudo com 7 mil pessoas sobre a eficácia da Sputnik Light está sendo feito desde fevereiro na Rússia, nos Emirados Árabes, em Gana, mas também em outros países.

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