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Mulher acusada de matar PM é detida em São Vicente

Ela alegou que agiu em legítima defesa

A Polícia conseguiu deter a mulher acusada de matar o policial militar aposentado em São Vicente. Ela se apresentou na delegacia depois de ter fugido do local. Após ficar presa preventivamente na Cadeia Pública da cidade, foi liberada. Ela alegou ter agido em legítima defesa.

A Delegacia Sede de São Vicente segue investigando o caso e foi liberada, segundo contou o advogado Ronaldo Evangelista. No entanto vai seguir respondendo o processo. O crime ocorreu na manhã de 4 de maio, em uma casa localizada no bairro Japuí.

A filha da investigada contou à polícia que saiu para comprar pão e deixou o casal discutindo em casa. Quando retornou, cerca de 10 minutos depois, encontrou a mãe gritando no quarto e apontando para Ademir, que estava baleado no chão. A mulher afirmou à filha que “não queria ter feito aquilo”. Ela chegou a acionar o socorro e fugiu em seguida.

O relato do crime

“No dia dos fatos, discutimos. Ele pegou a arma para me ameaçar e foi tudo muito rápido. Se eu te disser como consegui pegar a arma da mão dele, racionalmente, não consigo explicar. Ele já me ameaçou outras vezes, mas com martelo, faca e, dessa vez, com a arma. Eu só pensei em me defender. Foi o instinto de salvar a minha vida. Me doeu. Ele era o pai das minhas filhas, vivi muitos anos com ele. Foram dias muito difíceis para mim”, conta.

Durante a discussão, ela diz que o marido apontou a arma contra ela, e ela tentou retirar a arma da mão dele. De acordo com o relato, ela conseguiu pegar o objeto, e o esposo continuou indo para cima dela, tentando recuperar a arma. A mulher afirma que o marido tinha problemas com drogas e que fugiu após o crime porque não sabia como agir.

“Eu sabia que se ele pegasse a arma, era eu quem morreria. Eu só pensava em segurar a arma para ninguém se machucar. O primeiro tiro nem vi que o atingiu, porque ele continuou vindo para cima de mim. É duro você optar por viver e se defender, e ainda poder pagar por isso. Quando fugi, tinha a intenção de me apresentar, mas, ao mesmo tempo, tinha medo de deixar minhas filhas”, diz.

O advogado de defesa relata que orientou a esposa do PM aposentado sobre a importância de se apresentar à polícia, relatar tudo que já viveu e que agiu para se defender. “Compareci com ela à delegacia. Anexamos todos os boletins já registrados por violência doméstica ao processo e acompanharei o andamento com o Ministério Público e a Justiça”, diz.

“Registrei oito boletins de ocorrência contra ele. Eu nem lembrava que havia tantas ocorrências, só tive essa noção quando puxaram todos os boletins na hora de anexar ao processo. Eu não acordava para o perigo em que eu estava, não acreditava que um dia o pior poderia acontecer comigo. Agora, só quero cuidar das minhas filhas”, finaliza a mulher.

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