Aonde foi parar o esqueleto da baleia em Peruíbe?
Ossada foi encontrada no final de semana, mas nesta segunda ele não foi mais visto


A presença de um grande esqueleto de baleia chamou a atenção dos banhistas de Peruíbe devido ao tamanho. Só que nesta segunda-feira (24), a ossada desapareceu da faixa de areia. As hipóteses apontadas são a maré ter levado de volta, o osso ser soterrado ou mesmo a população que retirou a ossada.
Da ossada com aproximadamente quatro metros de extensão, apenas um osso sobrou na areia da praia, segundo imagens enviadas pela Fundação Florestal. O esqueleto pode ser de uma espécie do tipo baleia-de-bryde enterrada na mesma região há 12 anos, segundo o biólogo Thiago Nascimento.
No entanto, para ter certeza sobre a identidade do animal, seria preciso realizar testes e exames com a ossada. Equipes do Instituto Biopesca começaram a investigar a ocorrência para confirmar a informação do encontro mas, devido à chuva e à dificuldade de acesso à praia, os profissionais não conseguiram se deslocar até o local na sexta-feira (21).
A praia da Barra do Una fica dentro da Estação Ecológica Jureia – Itatins, sob responsabilidade da Fundação Florestal, que confirmou o desaparecimento dos ossos da região. No entanto, a fundação aponta que é provável que tenha sido enterrado novamente devido a influência da maré.
Baleia enterrada há 12 anos
O biólogo marinho Thiago Augusto do Nascimento, responsável pelo Aquário Municipal e também presidente do Instituto Ambiecco, informou que foi acionado e que a ossada trata-se de uma baleia. Ele levanta a hipótese da ossada tratar-se de uma baleia-de-bryde de 14 metros que encalhou, já morta, naquela região em 2009.
“Quando apareceu esse esqueleto, eu lembrei desse encalhe. Não lembro de outro acontecido naquela região”, contou. Esta baleia, na época, foi enterrada naquela região e, segundo ele conta, conforme passaram-se os anos, a maré poderia ter levado a areia que encobria o animal. Ele diz, no entanto, que para ter certeza sobre a espécie da ossada e confirmar essa informação, seria preciso realizar análises e exames de DNA, devido ao estado de decomposição.