Pedestres e ciclistas da travessia de balsas vão ter que preparar o bolso
O serviço faz a ligação entre as cidades litorâneas deverá passar por concessão à iniciativa privada
Nesta quarta-feira (26) houve a audiência pública para discutir a concessão do sistema de travessias litorâneas por balsas ou barcas no Estado. As exigências dos investimentos que serão colocados para a empresa vencedora foram impostos. Quem ganhar a licitação deverá oferecer um maior desconto tarifário para pedestres e ciclistas, usuários dos chamados “modais verdes”.
Na apresentação do projeto de concessão pela Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) foi ressaltado que o modelo tarifário atual não passa por reajuste desde 2018 e que não há uma lógica sistêmica. Pois cada modal tem um valor de cobrança.
Com isso, o projeto do governador João Doria para a privatização das balsas do litoral paulista exalta os aspectos ambientais como marca.
Além de ter que incentivar pedestres e ciclistas com tarifas mais baixas, ou até zeradas, em relação aos veículos, a empresa que ganhar a concessão do sistema das travessias litorâneas terá de reservar R$ 11 milhões. Serão feitos investimentos em sistemas para evitar derramamento de óleo, retirada de embarcações paradas e outros riscos.
Após a Dersa ser dissolvida, as travessias litorâneas paulistas atualmente são administradas pelo Departamento Hidroviário, que é ligado à Secretaria Estadual de Logística e Transportes. 28 mil automóveis e 22 mil pedestres e ciclistas utilizam o serviço diariamente.
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