Saúde

São Paulo tem 19 variantes do coronavírus encontradas pelo Butantan

A grande maioria pertencem a Gama (P.1), vinda de Manaus

Alerta no Estado de São Paulo. O Instituto Butantan encontrou 19 variantes do coronavírus por todo o território paulista. A maioria delas é a de Gama (P.1) vinda de Manaus. Ela está presente em 89% dos casos analisados. Depois dela vem as variantes Alpha (B.1.1.7), identificada primeiro no Reino Unido, com 4,2%; e a B.1.1.28, com 3,5%.

Já a variante Delta, que foi identificada na Índia ainda não tem confirmação pelo Butantan até o momento. Ela é a mais transmissível e uma das mais perigosas, segundo os especialistas. Segundo o instituto, o resultado tem como base as 4.812 amostras de testes positivos para coronavírus que foram completamente sequenciadas por laboratórios públicos e privados no estado entre janeiro e 29 de maio, o que representa 0,5% do total de testes positivos no período (834.114).

“Semanalmente, se escolhe uma amostra significativa por regiões do estado de São Paulo e se faz sequenciamento genético. Com isso, é possível acompanhar a evolução das variantes. Neste momento, a variante Gama é a predominante”, disse o diretor do Butantan, Dimas Covas, em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (16).

Governo ameniza risco

De acordo com o coordenador do Centro de Contingência da Covid do governo estadual, Paulo Menezes, a maioria das outras variantes identificadas em São Paulo não despertam preocupação sobre maior transmissibilidade.

“Essa rede [de laboratórios] que é composta também em parceria forte com o Instituto Adolfo Lutz já identificou aqui no estado de SP, desde o começo da pandemia, mais de 220 variantes. A grande maioria são pequenas mutações sem nenhum significado”, disse.

“A comunidade científica no mundo tem classificado as variantes em ‘variantes de interesse’, que tem algum potencial de serem distintas, e ‘variantes de preocupação’, que são variantes que aí sim têm características que as distinguem das que estavam circulando até então. Esse trabalho de rotina, de sequenciamento molecular, é muito importante e traz segurança para a vigilância no estado de São Paulo.”

A região do estado que apresentou maior quantidade de variantes foi a Grande São Paulo, com 13 das 19. As regiões de Sorocaba e Campinas vêm na sequência com a presença de 8 e 7 variantes, respectivamente.

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