

O deputado Ricardo Barros (PP-PR) está envolvido em um “rolo”. Entenda: o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e o seu irmão, Luis Ricardo Miranda, que é servidor concursado do Ministério da Saúde, disseram na sexta-feira (25) que “o presidente da República foi alertado das irregularidades e, ao invés de apurá-las, as creditou ao líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR)”. A suspeita é de superfaturamento e corrupção. Randolfe Rodrigues tem chamado o caso de “Covaxgate”, numa referência ao escândalo ocorrido em 1974 nos Estados Unidos que culminou no impeachment do então presidente Richard Nixon.
O que foi feita até agora para Ricardo Barros ser ouvido
No dia 24, o senador Jorginho Mello (PL-SC), da base do governo, apresentou requerimento de convite para que Ricardo Barros. O objetivo é que ele esclareça o processo de votação da Medida Provisória 1.026/2021. Barros apresentou uma emenda a essa MP para liberar vacinas já autorizadas na Índia, país de origem da Covaxin, mas ainda sem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O senador Marcos Rogério (DEM-RO) protocolou um requerimento nesta segunda-feira (28) para que os deputados Orlando Silva (PCdoB-SP) e Renildo Calheiros (PCdoB-PE), ambos de partido de oposição ao governo, também sejam ouvidos pela CPI. Segundo Marcos Rogério, os dois também apresentaram emendas com o mesmo conteúdo da emenda de Barros.
Já Alessandro Vieira (Cidadania-SE) reque a convocação do líder do governo na Câmara dos Deputados. Outro requerimento, de autoria do senador Humberto Costa (PT-PE), pede ao Ministério Público Federal, por meio da Procuradoria-Geral da República, a relação de procedimentos e processos instaurados contra Ricardo Barros.
“O acesso dessa CPI a todos os supostos procedimentos, processos e feitos investigativos iniciados contra Ricardo Barros é imperioso e imprescindível. O trabalho deve se desenrolar na fase instrutória e, obviamente, ao futuro deslinde das investigações”, aponta Humberto.
A base do governo alivia a denúncia
Já para Marcos Rogério, as denúncias na compra da Covaxin estão baseadas “em erros formais”. Sendo que no processo de compra não se pagou um centavo sequer.
“Depois de dois anos e meio de um governo sem escândalo de corrupção, tudo o que a oposição tem são meros erros formais”. A afirmação foi feita pelo senador por meio de sua conta em uma rede social. ( Agência Senado )
LEIA TAMBÉM
CoronaVac é eficaz e segura para crianças a partir de 3 anos, segundo estudo