Um domingo dourado para o Brasil nas Paralimpíadas
Três medalhas de ouro ganhas vieram pelas mulheres
O domingo (29) foi espetacular para o Brasil nas Paralimpíadas de Tóquio. Foram quatro medalhas de ouro conquistadas, sendo que três delas vieram das mulheres. Além disso, teve ouro inédito no judô também vindo pelas mulheres.
Foi graças à Alana Maldonado, que aos 26 anos veio determinada a superar a marca do Rio 2016. Na ocasião ela levou a prata, mas depois conseguiu ser a atual campeã mundial. Na categoria até 70 Kg, a brasileira, que sofre da Doença de Stargardt, que causa perda progressiva da visão, fez uma campanha espetacular. Entre as façanhas ela teve duas vitórias por ippon até o triunfo por waza-ari na final contra Ina Kaldani, da Geórgia. O judô das Paralimpíadas é disputado entre pessoas com deficiência visual.
Outra façanha histórica veio na natação. Maria Carolina Santiago quebrou uma escrita de 17 anos que o Brasil não conquistava um ouro no feminino. A pernambucana de 36 anos faturou a medalha de ouro na final dos 50m livre da classe S13 (para atletas com deficiências visuais) no Centro Aquático de Tóquio ao percorrer a distância em 26s82, novo recorde paralímpico.
A última vez que uma mulher brasileira ganhou o ouro paralímpico foi em Atenas 2004, com Fabiana Sugimori que faturou os 50m livre S11. Maria Carolina ficou à frente da russa Anna Krivshina (27s06) e da italiana Carlotta Gilli (27s07). As duas companheiras de pódio são da classe S13, enquanto a brasileira é originalmente da classe S12, ou seja, tem um grau de deficiência maior.
Halterofilismo dourado
A terceira medalha de ouro feminina nas Paralimpíadas para o Brasil veio do halterofilismo. Mariana D’Andrea conquistou na categoria até 73kg. Competem na modalidade atletas que possuem deficiência nos membros inferiores (com amputação de membros inferiores e/ou com lesão medular) e/ou com paralisia cerebral. Mariana foi campeã paralímpica ao levantar 137kg.
Gabriel Araújo fatura ouro na natação
A quarta medalha de ouro do Brasil neste domingo veio na natação. Gabriel Araújo surpreendeu ao vencer nos 200m livre da classe S2 (para atletas com deficiência física severa). O mineiro de 19 anos registrou 4min06s52 e não deu chances aos rivais para subir ao seu segundo pódio no Centro Aquático da capital japonesa. Antes, ele havia sido prata nos 100m costas S2.
Ele deixou o chileno Alberto Abarza com a prata (4min14s17) e o russo Vladimir Danilenko com o bronze (4min15s95). Outro brasileiro na prova, Bruno Becker ficou em quarto lugar (4min22s63).
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