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Cuidado! O burnout pode prejudicar a sua vida profissional e pessoal

Os efeitos podem influenciar de maneira negativa o rendimento pessoal e profissional

Trabalhar é importante para um bem estar e uma realização pessoal de exercer o que gosta e também é essencial para garantir a renda e o sustento para viver. Mas o excesso de trabalho pode ser prejudicial para a saúde física e mental. Trata-se da síndrome burnout.

A especialista em gestão de pessoas, Daniele Costa explica que o burnout é um transtorno que acomete a maioria das pessoas que tem um nível de exigência e perfeição acima da média.

De acordo com ela, as características mais comuns encontradas em quem sofre essa síndrome são ter de provar o seu valor o tempo todo, dificuldade em se desligar do trabalho, dificuldades em relaxar e ter momentos de prazer e lazer, dificuldades em socializar, constante insatisfação consigo e com os outros (nunca está bom o bastante).

“Além disso, provoca fuga de problemas pessoais e situações mal resolvidas na vida, dificuldades em alinhar vida profissional e pessoal, mudanças repentinas de comportamento, humor inconstante, dificuldades em dizer não. E ainda faz com que a pessoa assuma responsabilidades além do que cabe à pessoa, entrando muitas vezes em situações abusivas”, explica Daniela.

Dessa forma, vivenciando esse ciclo, a pessoa chega em uma estafa física e mental, levando muitas vezes a realizar as coisas de forma automática, perdendo o prazer e conexão com a própria vida.

Pandemia agrava o burnout

Daniele Costa conta que muitas pessoas têm vivido algumas dessas situações. Principalmente por conta da pandemia, uma vez que o olhar para a vida profissional exigiu ainda mais responsabilidade e organização com a migração para o home office, onde a vida pessoal está ali comandando também.

Para as mulheres, então, em que, neste período, dar conta de tudo é quase adjetivo. Ela conta que a síndrome fica ali à borda.

“Para evitar o desgaste extremo, é muito importante ter momentos de conexão consigo mesmo, tirar alguns minutos para olhar para si, seja por meio de uma atividade física, meditação, yoga, alimentação saudável, terapias ou conexão espiritual. O simplesmente parar e relaxar, ainda que seja difícil, já leva a outro espaço de conexão, reorganização mental, priorização de valores que fazem sentido”, conta.

Esse comprometimento com o corpo, mente e espírito deve ser diário e leva à desconexão dessa matrix de trabalho e corporativa, que muitas vezes cria dissociação da realidade e da vida.

É muito importante também que práticas de bem-estar sejam adotadas pelo próprio ambiente corporativo a fim de evitar que a síndrome de burnout  acometa os colaboradores.

Por mais que exista a autorresponsabilidade, acredito ser importante a cooperação da empresa a fim de evitar o aumento de absenteísmo e alta rotatividade, mantendo assim os níveis de produtividade e satisfação.

O que fazer?

Para quem sofre da síndrome, o mais importante é mudar as lentes, começar a se colocar em primeiro lugar, percebendo e acolhendo as imperfeições. Além disso, criar um novo mindset de que está tudo bem não dar conta de tudo e não ser o melhor em tudo, revisitando as definições de sucesso que tem para si.

“A proposta é destruir modelos e padrões que levam a pilotos automáticos exaustivos e irreais, abrindo espaços para novas possibilidades de vida que nem haviam sido cogitadas por conta da procrastinação da própria vida, em se deixar para depois”, detalha Daniele.

Identificando as crenças e o que vem causando as emoções negativas e estresse, de forma a trabalhar e mudar o que não está contribuindo para uma vida mais plena e realizada.

Nem sempre será possível realizar essas mudanças sozinho, então recomendo a ajuda profissional de psicólogos, terapeutas, psiquiatras, coaching ou mentoring a fim de criar esse novo mindset e estilo de vida mais saudável.

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