Depois da vacina, a busca agora dos cientistas é de fazer medicamentos mais simples que ajudem a proteger e a curar da Covid-19. A farmacêutica norte-americana Pfizer declarou nesta segunda-feira (27) que começou os ensaios clínicos de fase intermediária e avançada de uma pílula. Os testes do comprimido serão para pessoas que ficaram expostas ao vírus.
A ideia da Pfizer e de outras empresas é de fazer possíveis antivirais orais, que imitariam o que o medicamento Tamiflu faz contra a gripe e evitariam que a doença progredisse para um estado grave. “Acreditamos que o combate ao vírus exigirá tratamentos eficazes para as pessoas que contraírem ou forem expostas ao vírus. Assim podemos complementar o impacto que as vacinas tiveram”, disse Mikael Dolsten, chefe de pesquisa científica da empresa.
Os testes
A Pfizer começou a desenvolver esse medicamento, batizado de PF-07321332, em março de 2020 e está avaliando-o em combinação com o ritonavir. Este último já é usado contra o vírus da Aids. O ensaio clínico envolverá 2.600 adultos que participarão dos testes assim que apresentarem sinais de infecção por Covid-19 ou assim que souberem que foram expostos ao vírus.
Eles receberão aleatoriamente uma combinação de PF-07321332 e ritonavir, ou um placebo, duas vezes ao dia por cinco a dez dias. O objetivo do teste é determinar a segurança e eficácia dos medicamentos na prevenção de uma infecção por coronavírus. Além disso, haverá o acompanhamento do desenvolvimento de sintomas até o 14º dia após a exposição.
A pílula é conhecida como um “inibidor da protease” e, em testes de laboratório, demonstrou interromper o efeito de replicação do vírus.
Se funcionar na vida real, pode ser eficaz apenas nos estágios iniciais da infecção. A partir do momento em que a COVID progride para um estado grave, o vírus basicamente parou de se replicar e os pacientes sofrem de uma resposta imunológica hiperativa.
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