Foi feita uma reunião entre a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) com representantes de associações e de empresas que operam os cruzeiros marítimos no Brasil. Em pauta, os protocolos sanitários que terão de ser seguidos durante a temporada de cruzeiros 2021/2022.
As conversas começaram depois que uma portaria do Ministério do Turismo foi publicada, no início do mês, e que confirmou a temporada. Todos os navios devem partir do Porto de Santos. Na reunião dessa quarta-feira (13) a Anvisa apresentou os critérios técnicos para a elaboração da proposta de retomada das atividades e realizou uma consulta dirigida com o objetivo de colher contribuições e impressões do setor.
Os detalhes do protocolo foram apresentados às empresas de cruzeiros como parte do processo de discussão das regras sanitárias que serão
Regras
A Anvisa antecipou que a vacinação completa para passageiros que sejam elegíveis a utilizar as vacinas constitui aspecto central do protocolo discutido pela Agência. Assim como a necessidade de teste para Covid-19 antes do embarque e de testagens periódicas a bordo, para o monitoramento dos passageiros durante a viagem.
Os protocolos em discussão envolvem ainda a triagem para embarque, o permanente monitoramento, regras de saúde a bordo, lotação, quantidade reduzida de cabines, entre outros aspectos.
Como já havia manifestado anteriormente, a Agência reiterou na reunião que a retomada da temporada de cruzeiros está condicionada à avaliação do cenário epidemiológico da pandemia. Portanto, a proposta completa da Anvisa ainda será publicada e deverá ser submetida à avaliação da Diretoria Colegiada da Agência, não sendo a aprovação do protocolo automática.
Temporada brasileira
A temporada nacional de cruzeiros 2021/2022 foi aprovada pelos Ministérios da Saúde, Justiça, Infraestrutura, Turismo, Casa Civil e a Embratur, no início de outubro. Só que a aprovação aconteceu mesmo após a negativa da Agência.
No Brasil, a previsão é de começar no dia 31 de outubro de 2021 e terminar em 19 de abril de 2022. Sete embarcações serão responsáveis por ofertar 566.280 leitos totais – cerca de 36 mil a mais que na temporada 2019/2020, que contabilizou 530 mil acomodações.
A temporada nacional deve trazer um impacto de R$ 2,5 bilhões na economia nacional, R$ 330 milhões em impostos e gerar cerca de 35 mil empregos diretos e indiretos. Os dados são da CLIA Brasil (Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos), braço nacional da Cruise Lines Internacional Association. Ela é a maior entidade do setor de cruzeiros.
Enquanto isso, as agências de recrutamento e seleção já estão a todo o vapor à procura de ex-tripulantes e novos candidatos qualificados para trabalhar em navios de cruzeiros.
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