Saúde

Medicamento contra a Covid-19 da Pfizer começa a ser testado no Brasil

Somente em Campinas, cerca de 300 voluntários participam dos estudos.

Começou no Brasil a série de estudos do medicamento oral para o tratamento contra a Covid-19. A farmacêutica Pfizer é a responsável pela pesquisa, que em resultados preliminares mostrou eficácia de 89% de prevenção a hospitalização ou morte de adultos em situação vulnerável.

A pílula Paxlovid começou a ser estudada em 29 centros de pesquisa nos estados do Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro e São Paulo.

Somente em Campinas, cerca de 300 voluntários participarão do estudo, que é de fase 2/3. O antiviral é administrado em duas clínicas particulares e no Hospital PUC-Campinas, que começa o uso na quinta-feira (11). O medicamento foi encaminhado para o hospital na terça-feira (9).

Em outras cidades do Brasil, os testes começaram na segunda semana de outubro. “Nesses estudos, o fármaco é coadministrado com uma baixa dose do ritonavir, um antirretroviral utilizado em tratamento de infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV)”, informou a Pfizer.

Caso seja aprovado, o Paxlovid deverá ser usado logo após o aparecimento dos sintomas em pessoas com alto risco de desenvolver a forma grave da doença.

O medicamento, conhecido como inibidor de protease, é desenvolvido para bloquear uma enzima de que o vírus precisa para se multiplicar. Quando tomado junto com uma dose baixa do ritonavir, permanece no corpo por mais tempo.

Testes no Brasil

Segundo a Pfizer, três estudos pivotais, randomizados, duplo-cego e controlados por placebo ocorrem nos centros de pesquisa do Brasil.

Um deles busca pacientes não vacinados ou vacinados com suspeita e/ou diagnóstico de Covid-19 e com baixo risco de desenvolver doença grave.

O outro reúne voluntários não vacinados com suspeita e/ou diagnóstico de Covid-19 e com alto risco de desenvolver doença grave. Há, ainda, o estudo em pessoas não vacinadas cujos contatos domiciliares estão com Covid-19.

A expectativa é que, a partir dos resultados obtidos, a Pfizer entre com pedido de autorização para uso no órgão regulador de medicamentos dos EUA, o FDA (na sigla em inglês), e depois para a agência europeia de saúde. Em seguida, deve ocorrer a solicitação para Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no Brasil.

PUC-Campinas

O diretor do centro de pesquisa do Hospital PUC-Campinas, Danilo Villagelin afirma que os voluntários da unidade devem ser contactantes de pessoas com teste positivo para Covid-19. Em geral, podem ser familiares que moram nas mesmas casas, mas não podem ter tomado a vacina.

“A transmissão da Covid é muito alta de indivíduo para indivíduo e, geralmente, esse moradores mais próximos, esses contactantes, são as pessoas mais infectadas quando a gente tem um caso de doença na família”, explicou.

A ideia é dar essa medicação e, com isso, essa pessoa que teve contato com o vírus, ela não vai desenvolver a doença. A gente já está conseguindo agir antes da doença aparecer”.

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